Norte Agropecuário

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DANIEL MACHADO
DE BRASÍLIA (DF)

Com 2.925 operações, o Plano Safra emprestou R$ 1,44 bilhão para financiar o plantio agrícola do Tocantins. Os dados levam em conta os meses de julho e agosto de 2021.

Na média, cada produtor (ou produtora rural), obteve um empréstimo de R$ 494 mil.
Em dinheiro, os valores totais das operações feitas no período aos agricultores do Estado subiram R$ 454 milhões na comparação com o mesmo período do ano passado.

Percentualmente, a elevação foi de 46%, dez pontos percentuais superior aos 36% registrados no Brasil.

Já o total de financiamentos teve um crescimento bem menor, de 19%. A tabela com os dados foi repassada pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) após solicitação do Norte Agropecuário.

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O CUSTEIO

De todo o valor financiado para o Tocantins, R$ 829 milhões, ou seja, 57%, foram para o custeio da produção. Já R$ 536 milhões, o que representa 36%, foram emprestados para investimentos.

Outros R$ 53 milhões (4%) serviram para ajudar o produtor a comercializar a sua safra e R$ 29 milhões (2%) financiaram a industrialização.

SAFRA E DÓLAR

Para o engenheiro agrônomo e professor universitário Thadeu Teixeira Júnior, o crescimento da área plantada e da produtividade, aliada à subida do dólar, são fatores que explicam o aumento nos valores dos contratos do Plano Safra para o Tocantins. “Esse recurso vem sendo aplicado em função dos investimentos e gastos de custeio para que produtores tenham mais insumos de qualidade. Além disso, assim como as commodities, os insumos também são vendidos em dólar e com a subida da moeda norte-americana, eles ficaram mais caros”, destacou, ao salientar que o Tocantins deverá ter uma grande safra 2021-2022.

O BRASIL

No Brasil, produtores rurais, cooperativas e agroindústria contrataram R$ 64,11 bilhões em financiamentos nos dois primeiros meses de operação do Plano Safra 2021/2022. Os recursos são usados para financiar a atividade agropecuária, florestal, aquícola e pesqueira. O valor resultou em alta de 36% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme a divulgação do balanço do crédito rural nesta quinta-feira, 2 de setembro, pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Os recursos contratados com investimentos somaram R$ 18,3 bilhões, apresentando maior alta (61%). As operações de custeio totalizaram R$ 35,99 bilhões, 25% a mais em comparação a igual período do ano passado. Já a industrialização, alcançou R$ 5,8 bilhões (60%) e a comercialização, R$ 4 bilhões (23%).

“O início da safra 2021/2022, com a contratação do crédito rural alcançando um incremento significativo comparado com o mesmo período da safra anterior, reflete alguns fatores conjunturais que, se contabilizados, resultam em perspectivas favoráveis ao setor agropecuário. Não obstante as intempéries climáticas que prejudicaram a safra 2020/2021, o otimismo prevalece e reflete-se na demanda excepcional por investimentos na modernização da produção,” ressalta o diretor de Crédito e Informação do Mapa, Wilson Vaz de Araújo.

O número dos contratos de financiamentos superam 242 mil no custeio (aumento de 7%), 220 mil no investimento (3%), 3 mil na comercialização e 492 contratos na industrialização (76%).

Os produtores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) contrataram R$ 7,9 bilhões em custeio (46%), com mais de 177 mil contratos. Em investimento, os agricultores familiares contrataram R$ 4,4 bilhões (58%), com 184 mil contratos. Em todas as finalidades, os agricultores familiares contraíram R$ 13,2 bilhões em financiamentos, alta de 47% em relação a julho e agosto do ano passado, somando mais de 362 mil contratos (6%)

O Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp) apresentou uma elevação de 19% no volume de recursos contratados e atingiu R$ 8,8 bilhões. As contratações de custeio dos médios produtores somaram R$ 7,8 bilhões (16%) e nos investimentos alcançaram R$ 1 bilhão (45%).

As fontes de recursos mais utilizadas pelas instituições financeiras na contratação do crédito aos produtores e as suas cooperativas de produção foram Recursos Obrigatórios (R$ 21,2 bilhões), Poupança Rural Controlada (R$ 13,7 bilhões), Poupança Rural Livre (R$ 11,7 bilhões) e BNDES/Finame equalizável (R$ 6,6 bilhões).

O valor das operações de crédito realizadas com recursos não controlados, como as LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), somaram pouco mais de R$ 18 bilhões, aumento de 57%. (Com informações do Ministério da Agricultura)

Dados importantes do Tocantins:

Plano Safra – Julho e agosto

2021: R$ 1,44 bilhão

2020: R$ 993 milhões

Aumento: R$ 454 milhões

Aumento percentual: 46%

Média dos valores do contrato em 2021: R$ 494 mil

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