O ministro interino e secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, declarou nesta terça-feira, 16, que servidores envolvidos nas operações da Polícia Federal no Tocantins e em Santa Catarina serão afastados imediatamente das funções e alvo de uma auditoria que poderá terminar com a exoneração dos cargos públicos. Além da apuração da PF, as ações, segundo ele, ocorrem a partir de denúncias feitas em investigações internas dentro da Pasta e de apurações recorrentes após a Operação Carne Fraca, deflagrada em março.
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“Durante Operação Carne Fraca dissemos que outras deveriam surgir e as irregularidades apuradas no Ministério são compartilhadas com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal", afirmou. "Servidores envolvidos serão afastados imediatamente das funções e alvo de auditoria. O Ministério tem total interesse em expurgar do seu quadro servidores envolvidos em corrupção e em separar joio do trigo; a grande maioria dos servidores cumpre seu papel com muita competência", disse o ministro interino.
Novacki, que está no cargo por conta da viagem do ministro Blairo Maggi a países do Oriente Médio, afirmou que o Ministério acompanha e dá todo suporte à PF nas operações.
Maggi foi informado pelo próprio Novacki das operações logo pela manhã e continuará acompanhando as apurações mesmo no exterior. O ministro interino terá uma reunião prevista para hoje à tarde com o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. Eles devem discutir possíveis novas ações da corporação junto ao Ministério da Agricultura.
NOTA DA COOPERFRIGU
Uma das empresas alvos da PF, a A Cooperativa dos Produtores de Carne e Derivados de Gurupi (Cooperfrigu) divulgou nota sobre o tema. Confira na íntegra a manifestação da empresa:
"A Cooperativa dos Produtores de Carne e Derivados de Gurupi (Cooperfrigu) vem a público esclarecer sobre a Operação Lucas, da Polícia Federal.
Agentes da Polícia Federal estiveram, na manhã desta terça-feira (16), na Cooperativa objetivando encontrar provas documentais com relação a possível esquema de corrupção envolvendo servidores do Ministério da Agricultura.
A Cooperfrigu ressalta que sempre teve bom relacionamento com o MAPA, por meio de seus representantes legais, e nunca se envolveu em casos ilícitos.
A Cooperfrigu se coloca à disposição da Justiça para colaborar com a operação.
Atenciosamente,
COOPERFRIGU"
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