Criada em 16/05/2017 às 07h29 | Mercado

PF cumpre dez mandados de prisão no Tocantins e em quatro Estados em ação que apura esquema de corrupção no Mapa

São, ao todo, dez mandados de prisão. Esquema teria movimentado R$ 3 milhões entre 2010 e 2016. Por determinação da Justiça, foram bloqueados R$ 2 milhões em bens dos acusados. Há buscas também em três frigoríficos do Estado: em Gurupi, Araguaína e Paraíso do Tocantins.

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Alvo da ação da Polícia Federal é esquema envolvendo servidores do Ministério da Agricultura no Tocantins (Foto: Reprodução)

Uma ex-superintendente e fiscais da Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) do Tocantins foram presos nesta manhã pela Polícia Federal, em Palmas (TO). A ação da PF mira o órgão e apura esquema de corrupção que envolve até mesmo frigoríficos exportadores do Estado.

A ex-superintendente alvo da ação é Adriana Carla Floresta Feitosa (foto ao lado). Ela foi detida nesta manhã, em sua casa, na Capital do Estado. Conforme a PF, fiscais receberiam propina do esquema. A ação ocorre em várias cidades do Estado.

Conforme nota da Polícia Federal, são, ao todo, dez mandados de prisão temporária, 16 mandados de condução coercitiva e 36 mandados de busca e apreensão nos estados de Tocantins, Pará, Maranhão, São Paulo e Pernambuco, além do bloqueio de contas bancárias e indisponibilidade de bens móveis e imóveis nos valores de R$ 2,2 milhões. Cerca de 120 policiais federais cumprem 62 mandados judiciais nesses Estados.

Há buscas também em três frigoríficos do Estado: em Gurupi, Araguaína e Paraíso do Tocantins.

As informações iniciais dão conta que os acusados recebiam propina de empresas fiscalizadas pelo Mapa. O esquema teria movimentado entre 2010 e 2016 cerca de R$ 3 milhões no Tocantins.

A AÇÃO DA PF

A investigação começou após denúncia de que frigoríficos e empresas de laticínios fiscalizadas teriam sido favorecidas em processos administrativos, por meio do retardamento na tramitação e anulação de multas.

A PF apurou, por meio de quebras de sigilos fiscal e bancário, que a Chefe de Fiscalização do MAPA, à época dos fatos, recebia de empresas fiscalizadas valores mensais para custear despesas familiares. Apenas em sua conta pessoal a investigação identificou a diferença de mais de 200% do declarado em seu imposto de renda. Também foi detectado que o esquema criminoso movimentou cerca de R$ 3 milhões, entre os anos de 2010 a 2016.

As pessoas investigadas, na medida de suas participações, poderão responder pelos crimes de corrupção passiva e ativa, cujas penas podem chegar a 12 anos de reclusão.

O nome da operação faz referência à passagem Bíblica do livro de Lucas que diz: “Não peçais mais do que o que vos está ordenado” e “A ninguém trateis mal nem defraudeis, e contentai-vos com o vosso soldo”. Será realizada entrevista coletiva, às 10h, na Superintendência da PF em Palmas/TO.

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