Criada em 01/10/2018 às 09h04 | Agricultura

Zoneamento para sistemas integrados e consorciados tem objetivo de beneficiar produtores descobertos por seguro agrícola

Há três anos a Embrapa assumiu essa atividade que, há mais de 20 anos, é adotada pela Secretaria de Política Agrícola do MAPA como um instrumento de política pública orientador na liberação de crédito agrícola em subsídio aos seguros Proagro e Proagro Mais – voltado ao pequeno produtor.

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Inicialmente serão realizados estudos em plantios consorciados de milho com braquária e de soja com braquiária cultivados no sistema ILP; Balbino, ao centro: "resultados já na próxima safra" (foto: Clenio Araújo\Embrapa\Divulgação)

Elisângela Santos
DE PALMAS (TO)

A Embrapa vai elaborar o regime de risco climático (ZARC) para sistemas integrados ou consorciados, tais como agroflorestas e Integração Lavoura Pecuária (ILP). O trabalho visa atender a uma grande demanda de empresas que adotam sistemas e não contam com o seguro rural, nem com proteção oferecida pelo Programa de Garantia Agropecuária (Proagro) e Proagro Mais, do governo federal. Em todos os casos, o zoneamento é obrigatório. Nas últimas 25 e 26 (houve uma oficina de pesca e aquicultura com vários centros de pesquisa da empresa, juntamente com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Na ocasião, foram discutidas metodologias para a execução do zoneamento.

No futuro, empreendimentos consorciados de milho com braquária e de soja com braquiária cultivada no sistema ILP. “Já na próxima safra, de 2019/2020, devemos publicar os resultados”, planeja Balbino Antônio Evangelista, analista de pesquisa da Embrapa Pesca e Aquicultura, com base na análise ao lado de Fernando Macena, pesquisador da Embrapa Cerrados. They are at frente in development and aperfeiçoation of metodology for this type of zoneamento.

Há mais de 20 anos o ZARC é adotado pela Secretaria de Política Agrícola do MAPA como um instrumento de política pública orientador na liberação de investimentos em subsídios aos seguros Proagro e Proagro Mais - voltado ao café produtor. Há três anos a Embrapa assumiu essa atividade, criando um grupo gestor para representar uma empresa e um respondente por essa demanda junto ao MAPA. “Precisamos avançar no desenvolvimento de tecnologias para gestão de risco e resiliência na agricultura. Nesse sentido, uma rede Embrapa de Risco Climático vem se empenhando para desenvolver novos projetos e atender às demandas sobre o tema ”, detalha Eduardo Monteiro, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária.

O PROAGRO

Visando dar suporte aos pequenos e médios produtores, o Proagro garante a exoneração de obrigações financeiras relativas a operação de crédito rural de custeio, cuja liquidação seja dificultada pela ocorrência de fenômenos naturais, pragas e doenças que atinjam rebanhos e plantações. Na prática, o governo federal dá a garantia de pagamento aos bancos em caso de quebra de safra, desonerando o produtor da dívida.

No início da década de 1990 o Proagro passava por grandes prejuízos até que em 1996 o governo passou a adotar o zoneamento agrícola como balizador de informações para a concessão do seguro. “Hoje o ZARC promove uma economia de R$ 750 milhões aos cofres públicos”, calcula Monteiro.

O Sistema Embrapa de Avaliação de Riscos e Resiliência Agroclimática (Sierra) é baseado em uma rede de pesquisadores englobando 31 centros de pesquisa. São gerados zoneamentos de quatro culturas por ano, mas a demanda é muito maior. “Temos demanda para mais de 60 culturas, tais como feijões, lentilha, grão de bico, ervilhas – que são importados pela Ásia – além de zoneamentos em áreas abandonadas na Amazônia, para sistemas integrados de produção e sistemas agroflorestais”, enumera Monteiro.

Você deve ter uma alta demanda pelo trabalho de arbitragem, por meio de subvenção federal. Durante o seminário, Hugo Borges Rodrigues, do MAPA, o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) não é de 8% de toda a área de segurança no país. Pelo programa, o governo é o produtor do seguro rural, pagando até 40% do prêmio. Este ano é de 380 milhões de reais para essa finalidade. Segundo dados do Ministério, de toda a área plantada de grãos, apenas 12% contam com seguro. Em outros mercados mais maduros essa taxa podem chegar a 80%. ( Embrapa Pesca e Aquicultura)

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