Criada em 24/06/2019 às 18h41 | Agricultura

Sisteminha Embrapa avança no Brasil e alcança sete países africanos, promovendo renda e melhoria na alimentação

O Sistema Integrado para Produção de Alimentos, Sisteminha Embrapa como popularmente é conhecido, vem mudando a realidade de pequenos produtores ao garantir alimento na mesa e proporcionar geração de renda. Deu tão certo que a tecnologia atravessou o Atlântico rumo a sete países africanos.

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O sisteminha consiste em um tanque de piscicultura, construído artesanalmente, galinheiro, minhocário, hidroponia, abrigo para compostagem, além de uma horta periférica. (Foto Acervo Governo do Tocantins)

Fernando Sinimbu
DE TERESINA (PI)

Modelo agrícola sustentável, o Sistema Integrado para Produção de Alimentos (Sisteminha Embrapa) está avançando e já alcança sete estados. Ele está mudando a vida de pequenos agricultores, com melhoria da alimentação e  renda familiar, no Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Tocantins. O sistema atravessou o Oceano Atlântico e chegou ao continente africano, onde opera com sucesso em Gana, Uganda, Etiópia, Camarões, Tanzânia, Angola e Moçambique.

O sisteminha consiste em um tanque de piscicultura, construído artesanalmente, galinheiro, minhocário, hidroponia, abrigo para compostagem, além de uma horta periférica. O tanque de piscicultura tem capacidade para 5000 litros, e funciona com um sistema de recirculação de água. Pelo projeto piloto, a capacidade de produção é de 25 quilos de tilápia em 3 ciclos por ano.

Os peixes podem pesar de 150 a 200 gramas ao final de cada ciclo. Todo o sistema reutiliza a água do tanque de piscicultura, o que reduz os custos de produção e aumenta a oferta de alimentos. O sistema é montado em lotes de 100 a 1000 metros quadrados, na periferia das cidades ou zonas rurais.

Criado em 2002 pelo pesquisador Luiz Carlos Guilherme quando ele fazia doutorado em zootecnia na Universidade Federal de Uberlândia, o sistema foi  aprimorado pela Embrapa Meio-Norte na Unidade de Execução de Pesquisa no município de Parnaíba, a 348 quilômetros ao norte de Teresina. O Sisteminha ganhou vida mesmo foi no Projeto Arco Verde, do governo federal, no município de Amarante, no Oeste do Maranhão, a 835 quilômetros de São Luís.

Os primeiros beneficiados foram os índios das aldeias Nova Gavião e Juçaral Guajajara.  Aprovado nas aldeias, o sistema ganhou o mundo. No Piauí, uma unidade demonstrativa no assentamento Cajueiro, no Distrito de Irrigação Tabuleiros Litôraneos, na zona rural do município de Parnaíba é a vitrine.  (Da Embrapa Meio-Norte)

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