Alvo da operação “Lucas”, da Polícia Federal, a ex-superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Adriana Carla Floresta Feitosa, havia sido exonerada há mais de 30 dias e que “as investigações não atingem o sistema como um todo, se referindo a desvio de conduta de uma servidora”.
Ela, o marido, o ex-marido e dois filhos foram presos nessa terça-feira, no Tocantins, durante a operação. Segundo a PF, ela recebia propina de empresas frigoríficas e laticínios para reduzir valores de multas ou até mesmo anular as penalidades. No total, dez pessoas foram presas, entre servidores do órgão e até funcionários de empresas investigadas.
Em nota divulgada no final da tarde dessa terça-feira, dia 16, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou que vai afastar os servidores da pasta alvos de duas operações da Polícia Federal: a “Lucas”, deflagrada no Tocantins e em outros quatro Estados, e a “Fugu”, realizada em Santa Catarina.
“Todos os servidores envolvidos na ação foram afastados preventivamente por 60 dias e, os que possuem cargos em comissão, exonerados das funções”, diz a nota assinada pelo ministro interino, Eumar Novacki, que complementou: “Será aberto procedimento administrativo (sindicância) para investigar o envolvimento dos citados nas duas operações da Polícia Federal.”
Ainda na nota, o Mapa informa que “apoia integralmente a ação da Polícia Federal e vem colaborando com as investigações”.
Confira a nota do Mapa na íntegra:
“Nota oficial
A respeito das duas operações deflagradas nesta terça-feira (16) pela Polícia Federal envolvendo servidores, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vem a público esclarecer:
- O Mapa apoia integralmente a ação da Polícia Federal e vem colaborando com as investigações;
- Todos os servidores envolvidos na ação foram afastados preventivamente por 60 dias e, os que possuem cargos em comissão, exonerados das funções;
- Será aberto procedimento administrativo (sindicância) para investigar o envolvimento dos citados nas duas operações da Polícia Federal;
- Sobre a operação Lucas, envolvendo a Superintendência do Estado do Tocantins, é importante destacar que a servidora já estava exonerada há mais de 30 dias e que as investigações não atingem o sistema como um todo, se referindo a desvio de conduta de uma servidora;
- Com relação à Operação Fugu, realizada em Santa Catarina, todo o trabalho técnico, durante os nove meses de investigação, foi realizado com a participação de técnicos do Mapa, inclusive com a análise de amostras efetuadas no Lanagro (laboratório do ministério) no Pará;
- Por fim, o Ministério da Agricultura deixa claro que mantém a mesma postura de transparência e de cooperação com as investigações, como ocorreu durante os trabalhos de investigação da Operação Carne Fraca, deflagrada em março deste ano.
Eumar Novacki
Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em exercício”
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