Criada em 07/03/2023 às 10h43 | Pesquisa

Grupo de mulheres do agro visita centro de pesquisa da Embrapa em busca de conhecimento sobre pecuária

Ávidas por informações, tecnologia e ciência, elas conheceram diferentes cultivares de pastagem, sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta com gado de corte e também com espécies de árvores nativas, além de uma área de confinamento e de ordenha robotizada.

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Grupo conhece ILPF na Embrapa Pecuária Sudeste. (Foto: Gisele Rosso)

As mulheres têm ganhado destaque cada vez maior no agronegócio nacional. Mais de 30% das propriedades rurais são lideradas por mulheres, de acordo com o IBGE. São muitas histórias.

Um grupo visitou a Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP) na última quinta-feira, dia 02 de março. Em busca de conhecimento e atualização, as Mulheres do Agro de Araraquara (SP) e região foram recebidas na Fazenda Canchim por pesquisadoras e pesquisadores.

Ávidas por informações, tecnologia e ciência, elas conheceram diferentes cultivares de pastagem, sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta com gado de corte e também com espécies de árvores nativas, além de uma área de confinamento e de ordenha robotizada.

Para a analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Lívia Mendes de Castro, responsável pela visita, a troca de experiências foi muito produtiva, porque a Empresa tem retorno do que o setor e esse grupo, especificamente de mulheres, têm de demandas, o que esperam e o que está faltando. “Melhor ainda ver a força e destaque que cada vez mais as mulheres vêm ganhando no Agro”, destacou Lívia.

Elas fazem parte de um número de quase 1 milhão de mulheres responsável pela gestão de propriedades rurais, de um universo de pouco mais de 5 milhões de estabelecimentos no campo. Uma delas é Maria Emília Taddei, que atua junto com o pai na bovinocultura de corte em 150 hectares em Araraquara. Para Maria Emília, a tecnologia veio contribuir para que a sucessão familiar chegasse até as mãos das mulheres. “Hoje, a gente não precisa de força, mas temos acesso ao conhecimento. Assim, a gente pode fazer e praticar todas as boas práticas, como qualquer pessoa. Trabalhar homens e mulheres juntos é uma forma de crescimento”, destaca.

Cerca de 70 pessoas fazem parte da Associação Mulheres do Agro de Araraquara. Segundo Marisol Argüelles Leão, uma das fundadoras do grupo em 2019, muitas delas tornaram-se donas da propriedade porque ficaram viúvas ou os pais faleceram ou, ainda, assumiram o lugar do pai por conta do envelhecimento. Também há outras que saíram para estudar e hoje estão retornando para o campo, como é o caso de Marisol.

A pesquisadora Sandra Aparecida Santos ressaltou a importância da troca de experiências com um grupo tão rico e diversificado de mulheres.

Esta ação específica de compartilhar informações e conhecimentos está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, especificamente a meta 5, que é alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. Nesse caso, “Garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e pública”. (Da Embrapa)

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