Criada em 21/03/2017 às 21h03 | Mercado

Juiz manda Polícia Federal entregar laudos de produtos de frigoríficos investigados na operação Carne Fraca

A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) saiu em defesa da atuação irrepreensível dos agentes federais que trabalharam na ação ocorrida sexta-feira, 17. Há muitas críticas ao trabalho dos federais.

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Para federação, empresas e servidores envolvidos negligenciaram "de forma grave a saúde dos consumidores" (foto: Agência Brasil)

O juiz da 14º Vara Federal de Curitiba, Marcos Josegrei da Silva, determinou que a Polícia Federal entregue cópias dos laudos de análise dos produtos dos frigoríficos investigados pela Polícia Federal na operação "Carne Fraca". O pedido do laudo foi feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Conforme o autor do pedido, o secretário-Executivo do ministério, Eumar Roberto Novacki, os documentos vão "subsidiar as eventuais medidas cautelares a serem adotadas, isoladas ou cumulativamente, como apreensão de produtos; suspensão provisória do processo de fabricação ou de suas etapas, determinação de recolhimento do mercado de lotes de produtos que representem risco ou agravo à saúde dos consumidores".

DEFESA DA AÇÃO

A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) sai em defesa da atuação irrepreensível dos agentes federais que trabalharam na Operação Carne Fraca. O presidente da Fenapef, Luís Boudens, diz que, na intenção de proteger setores do mercado e do governo, há uma orquestração para descredenciar as investigações de uma categoria que já provou merecer a confiança da sociedade.

Agentes federais desmontaram, na sexta-feira (17), uma máfia de empresários que subornava fiscais do ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento e políticos para obter licenças de venda de proteína animal sem a fiscalização devida dos produtos frigoríficos.

Segundo as investigações dos policiais, o esquema contava com a participação de fiscais da vigilância sanitária que eram subornados por empresários para flexibilizar a fiscalização, permitindo alterar datas de vencimento de carnes e utilizar agentes químicos proibidos.

Luís Boudens reforça que a operação Carne Fraca é de suma importância, uma vez que as empresas e servidores públicos envolvidos negligenciaram de forma grave a saúde dos consumidores. “A operação carne fraca reforça o compromisso dos federais com combate à corrupção no Brasil e com os interesses da sociedade”, afirmou. “O trabalho técnico investigativo não deve ser maculado por eventual interpretação dissociada da verdade dos fatos”, complementou.

Boudens faz questão de observar, ainda, que os agentes federais que trabalham nas investigações não participam da divulgação nem da comunicação quando do fechamento das operações, uma prática, muitas vezes com caráter somente midiático, que vem sendo adotada apenas pelos delegados federais. “Maurício Moscardi, por exemplo, não tem a menor condição de ser apresentado como coordenador de qualquer operação. Seu tempo na PF por si só já justifica sua inexperiência para tratar de assuntos delicados como o eventual abalo econômico advindo de uma grande operação como a Carne Fraca “, assevera Boudens. (Com informações da Agência Fenapef)

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