A definição do Plano Safra 2017/2018 deve ocorrer em até duas semanas. A informação foi dada pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi. “Essa discussão não é fácil”, lamentou o ministro.
E suas lamúrias têm sentido. Em tempos de arrocho, não há sinalização do governo em liberação de recursos como nos últimos anos. O próprio Ministério da Agricultura sofreu drástico corte no orçamento este ano (de 45,6%; do valor autorizado no Orçamento, de R$ 2,215 bilhões, o ministério só poderá gastar R$ 1,204 bilhão).
A lamentação de Blairo Maggi foi feita diretamente a produtores durante o Fórum Politico – Dinâmica de Empreendimentos, na última semana, em Porto Alegre do Norte (MT). Ele adiantou a produtores que tem conversado sobre a definição de juros para o financiamento da safra com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e que o assunto tem tido atenção direta do presidente da República Michel Temer.
PLANO PASSADO
O Plano Agricultura e Pecuário 2016/2017 destinou R$ 185 bilhões de crédito aos produtores rurais brasileiros para investimento em custeio e comercialização. Disponibilizado em 1º de julho de 2016, o prazo se encerra em 30 de junho próximo. O valor anunciado anteriormente (ainda na gestão Dilma Rousseff) era de R$ 202,88 bilhões, mas após o impeachment, o novo e atual governo mexeu nos números. Alegou que era “reflexo do redimensionamento da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), que teria em torno de R$ 10 bilhões à taxa controlada de 12,75% ao ano”.
O governo também anunciou que os juros foram ajustados e variaram de 9,5% a 12,75% ao ano. Já os juros para agricultores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) ficaram em 8,5%. Já, para os programas de investimento, o governo federal destinou R$ 34,045 bilhões. (Com informações do Mapa)
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