Criada em 18/03/2017 às 01h12 | Mercado

União Europeia cobra reunião de emergência com Blairo Maggi e quer informações sobre operação Carne Fraca da Polícia Federal

Maior consumidor mundial da carne brasileira, a UE quer esclarecimentos sobre a operação Carne Fraca da Polícia Federal. Blairo Maggi disse que ainda não marcou data, mas o encontro deve ocorrer até segunda-feira.

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Investigação apura fraudes que comprometem a qualidade e sanidade de carnes produzidas no Brasil (foto: Agência Brasil)

O portal da revista Globo Rural revelou no início da noite desta sexta-feira, 18, que a União Europeia solicitou uma reunião de emergência com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, para discutir os impactos e desdobramentos do que foi descoberto pela Polícia Federal e desencadeou a operação “Carne Fraca”.

“Maior consumidor mundial da carne brasileira, a UE quer esclarecimentos sobre a operação Carne Fraca da Polícia Federal. Blairo Maggi disse que ainda não marcou data, mas o encontro deve ocorrer até segunda-feira”, afirma o portal.

A informação foi dada pelo próprio Blairo Maggi em entrevista exclusiva ao diretor de redação da Globo Rural, Bruno Blecher e ao jornalista Fernando Andrade, da Rádio CBN. Maggi, segundo o portal, disse que hoje cedo já recebeu uma ligação do adido da União Europeia no Brasil para uma reunião de emergência.

“Conversei hoje por telefone com Pedro, da BRF, e com Abílio Diniz, presidente do conselho da empresa, e disse a eles da minha preocupação e da transparência que vou tratar esse assunto. Eles me garantiram que têm procedimentos internos para tratar disso e que há quatro anos não têm notícias de desvio desse tipo de conduta e que vão trabalhar em conjunto para esclarecer tudo isso”, disse o ministro.

Com a JBS, Maggi disse não ter tido contato sobre o assunto. “A BRF se mostrou muito mais preocupada nesse momento, não só com o nome mas com o complexo do negócio mundo afora. Esse problema afeta e afetará a todos nós. Não sei dizer nem qual a consequência disso. Vamos ter problemas, mas vamos trabalhar para minimizar o máximo. Temos um sistema robusto e que é validado por compradores internacionais. O sistema é bom, rígido, porém falha quando as pessoas se corrompem. É lamentável o que aconteceu”, disse Maggi.

Visivelmente indignado com as revelações da Polícia Federal, Maggi falou que a notícia coloca em xeque o maior negócio do Brasil, que é o agronegócio. “Fico extremamente desapontado. As próprias indústrias devem ser controladoras e defender o maior capital dels, que é a qualidade do produto”, disse. (Com informações do portal Globo Rural)

 

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