Criada em 25/05/2017 às 00h59 | Política brasileira

Crise política criada pelas delações de donos da JBS que atingem Michel Temer pode atrasar liberação de recurso do Plano Safra

O atraso na liberação de créditos oficiais à agropecuária é preocupante porque pode comprometer todo o planejamento da próxima safra de grãos e a pecuária de corte.

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Além dos grandes empreendedores do campo, atrasos também atingem pequenos agricultores do país (foto: Agência Brasil)

A liberação de recursos oficiais para a safra 2017/2018 corre o risco de atrasar. A afirmação é de Eumar Novacki, secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Até essa quarta-feira, 24, ele era ministro interino da pasta por causa da ausência do titular, Blairo Maggi, que finalizou missão oficial na Ásia.

Anualmente, o crédito oficial começa a ser captado pelos produtores rurais a partir de 1º de julho, mas ainda não há data definida para iniciar as contratações. “Tão logo consigamos fechar, será anunciado pelo presidente da República (Michel Temer)”. Novacki admite que a nova crise política instaurada no país com a delação dos proprietários do grupo JBS e que envolve diretamente o presidente Temer “atrapalha um pouco” o andamento das discussões em torno do Plano Agrícola e Pecuário (PAP). “Falo das reformas, do Plano Safra, mas a agricultura e a pecuária estão acima dessas questões paroquiais”.

O atraso na liberação de créditos oficiais à agropecuária é preocupante porque pode comprometer todo o planejamento da próxima safra de grãos e a pecuária de corte.

Segundo Novacki, estão sendo feitos os ajustes finais no PAP junto ao Ministério da Fazenda. Nas reuniões serão definidos o montante a ser disponibilizado, a taxa de juros a ser praticada e os procedimentos de acesso ao crédito. “Não adianta ter dinheiro e a burocracia ser tão grande que não se consegue acessar, como acontecia no passado”, compara. “Estamos trabalhando esses eixos: recursos abundantes, juros baixos e acesso facilitado”.

De acordo com o ministro interino, já está comprovado que a cada R$ 1 investido na agropecuária, entre R$ 5 e R$ 6 retornam à economia do país. “É investimento que reverte para o crescimento econômico”. Novacki afirma que há bons projetos no ministério que visam propiciar o crescimento da atividade agropecuária. “Para nós não vale a máxima que se o governo não atrapalha, já ajuda muito. Queremos estimular a produção. A agricultura e a pecuária são os grandes negócios”. (Do Portal DBO)

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