Criada em 08/08/2019 às 17h43 | Mercado

Preços dos alimentos contribuem para estabilidade da inflação; índice oficial fica em 0,19% em julho, aponta IBGE

De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho, divulgado pelo IBGE, a inflação oficial ficou em 0,19% em julho, sendo a menor nos últimos cinco anos. O setor de alimentos tem segurado a alta nos preços pelo terceiro mês consecutivo.

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O tomate foi um dos alimentos que mais caíram de preço em julho, queda de 11,28%. (Foto Diário do Nordeste)

Os preços dos alimentos contribuíram, pelo terceiro mês consecutivo, para segurar a inflação, segundo Comunicado Técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que analisou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho, divulgado nesta quinta (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IPCA, que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,19% em julho. A taxa é superior ao 0,01% de junho, mas inferior ao 0,33% de julho de 2018. Essa é a inflação mais baixa para o mês desde 2014 (0,01%). O IPCA acumula 2,42% no ano e 3,33% em 12 meses, abaixo, portanto, da meta do Banco Central, que é de 4,25%.

Segundo o IBGE, os preços dos alimentos consumidos no domicílio tiveram, em julho/2019, um recuo de 0,06%, enquanto a alimentação fora teve alta de 0,15%, o que levou o grupo Alimentação e Bebidas a fechar o mês com preços praticamente estáveis (0,01%).

“Os dados do IPCA de julho, divulgados hoje (quinta, 08) pelo IBGE, e a nova estimativa da Conab de recorde na safra de grãos reforçam a enorme contribuição do setor agropecuário para a estabilidade macroeconômica no Brasil”, explica o assessor técnico da CNA, Paulo André Camuri.

“Além de garantir divisas estrangeiras essenciais para a estabilidade da taxa de câmbio, gerar emprego e renda, o agro garante aos brasileiros acesso a alimentos a preços estáveis”, completa.

Os alimentos que mais caíram de preço em julho foram o tomate (-11,28%), o feijão carioca (-8,86%), o repolho (-6,63%), a alface (-6%), batata inglesa (-3,68%) e leite longa vida (-0,75%).

Gastos que contribuíram alta

Os gastos com habitação, que tiveram alta de preços de 1,20%, foram os principais responsáveis pela inflação de 0,19% de julho. A energia elétrica, com alta de 4,48% foi o item que mais pesou no grupo.

O custo da energia ficou mais caro por conta da bandeira amarela e de reajustes em concessionárias de São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. Também ficou mais cara para o consumidor a tarifa de água e esgoto (0,73%).

As deflações (quedas de preços) dos transportes, de 0,17%, e do vestuário, de 0,52%, evitaram que a inflação de julho fosse mais alta. Na deflação dos transportes, os combustíveis tiveram um impacto importante, com queda de preços de 2,79%.

A gasolina, por exemplo, recuou 2,80%. No vestuário, o principal destaque foram as roupas femininas que passaram a custar 1,39% menos. (Com informações Agência Brasil e CNA)

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