O afrouxamento das regras relativas à campanha de vacinação contra a febre aftosa no Tocantins pode representar num sério risco para a atividade pecuária no Estado, que almeja ser enquadrado como livre da aftosa sem vacinação. No dia primeiro de junho passado, a ADAPEC divulgou memorando em que anunciava a suspensão da punição de produtores que não realizassem a emissão da “autorização de compra de vacina” até o dia 15 de junho de 2021. No memorando de n° 009/2021 da ADAPEC, a penalidade deixaria de ser “multa” para se tornar apenas uma “advertência”.
Para o presidente do Fundeagro (Fundo Privado de Defesa Agropecuária), Saddin Bucar, que também é presidente do Sindicato Rural de Miranorte, a multa aos inadimplentes é uma sanção aplicada há muitos anos. “Diante da perspectiva da retirada da obrigatoriedade da vacina, o afrouxamento das sanções no nosso Estado pode passar a impressão, para quem não cumpre com suas obrigações no prazo estabelecido, de que a ADAPEC vai permitir o descumprimento da legislação vigente sem maiores consequências”, destacou.
Segundo Saddin Bucar, essa situação é preocupante porque mesmo que não seja esse o propósito, o órgão estadual poderá estar estimulando o aumento da inadimplência nas etapas futuras, quando deveria combate-la com rigor. “Nesse momento, não podemos correr esse tipo de risco, o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) considera importante esse item do rigor e punição dos inadimplentes nas auditorias que faz no processo de retirada da vacinação, e o que a gente não quer agora é ver essa conquista da pecuária tocantinense escapar pelos dedos”, finalizou.
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