Criada em 01/02/2018 às 00h42 | Pecuária

Nova fórmula da vacina contra febre aftosa estará disponível somente em maio de 2019; CNA manifesta insatisfação

Coordenador da CNA afirma que o produtor está chateado com a decisão, já que aguardava o produto ainda em 2018. A vacina com menor dosagem trará menos prejuízo ao produtor rural.

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Aproximadamente, são gastos R$ 600 milhões para vacinar 215 milhões de cabeças de gado no país (foto: Mapa\Divulgação)

A nova fórmula da vacina contra febre aftosa em dose reduzida de 5 ml para 2 ml e sem a substância saponina estará disponível para o produtor somente em maio de 2019. A informação foi divulgada nesta quarta (31), durante reunião na Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em Brasília.

A mudança na vacina foi uma exigência do setor privado e dos produtores, diante dos constantes abscessos que têm trazido prejuízos diários à pecuária brasileira. De acordo com o coordenador de Sanidade Animal da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Décio Coutinho, o produtor está chateado com a decisão, já que aguardava o produto ainda em 2018. “A CNA está descontente com o resultado, mas pelo menos já temos um posicionamento para trabalhar daqui para frente”, afirmou.

Décio afirmou que a vacina com menor dosagem trará menos prejuízo ao produtor rural. “Quando o animal vai para o abate, a parte afetada pelo edema é retirada da carcaça antes de ser pesada, gerando prejuízo ao produtor. Então a ideia é que esse impacto seja zero ou o menor possível”, explicou.

O secretário de Defesa Agropecuária do MAPA, Luis Rangel, explicou que os volumes das vacinas que estavam sendo produzidos pelos laboratórios não atingiram o mínimo necessário para os estoques e por isso a nova fórmula só estará disponível em 2019.

“A maior preocupação do setor era com relação às datas da disponibilização da vacina. Já foi definido, não tem mais dúvida quanto aos prazos. Agora precisamos divulgar essa informação, para que ela chegue da melhor forma possível”, disse Rangel.

OS PREJUÍZOS

Estimativas indicam que o produtor perde, em média, 2 quilos de carne por animal abatido, quando as lesões provocadas pela vacinação são encontradas. As entidades lembram que o pecuarista já possui gasto com a compra da vacina, além de não ser ressarcido pela carne descartada. Aproximadamente, são gastos R$ 600 milhões para vacinar 215 milhões de cabeças de gado no país. (Da CNA)

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