Criada em 29/12/2017 às 13h19 | Pecuária

“Segunda sem carne” pode acarretar prejuízo de R$ 29 bilhões por ano na cadeia produtiva da pecuária, aponta Abiec

“Não cabe ao Estado ditar o que o cidadão deve consumir”, diz Abiec. “O referido projeto, repleto de conceitos obsoletos e baseado em dogmas com afirmações inverídicas que ignoram a importância e os benefícios nutricionais da carne à saúde, nos remete à inconstitucionalidade do mesmo”.

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A “Segunda sem carne” pode provocar uma perda anual de R$ 29 bilhões na cadeia produtiva da pecuária, aponta a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). A informação se baseia, segundo a entidade, no Sumário Executivo da Abiec e na importância do mercado paulista na demanda por carne bovina.

Nesta sexta-feira, dia 29, a Abiec divulgou comunicado no qual condena a "segunda sem carne", lei aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo que tem como objetivo proibir o fornecimento de carnes e seus derivados às segundas-feiras nas escolas da rede pública de ensino e nos estabelecimentos que oferecem refeição nos órgãos públicos paulistas.

“Numa democracia, não cabe ao Estado ditar o que o cidadão deve consumir, nem interferir na ordem legal da economia por meio de artificialidade nas leis de mercado”, diz a nota da Abiec, que complementa: “O referido projeto, repleto de conceitos obsoletos e baseado em dogmas com afirmações inverídicas que ignoram a importância e os benefícios nutricionais da carne à saúde, nos remete à inconstitucionalidade do mesmo”.

A entidade espera que o governador Geraldo Alckmin não sancione a lei.

Confira a nota na íntegra:

Nota de repúdio à aprovação do Projeto de Lei 87/2016

29 de dezembro de 2017

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) vem a público repudiar o Projeto de Lei do deputado Feliciano Filho (PSC/SP).

A proposta chamada de "segunda sem carne" tem como objetivo proibir o fornecimento de carnes e seus derivados às segundas-feiras nas escolas da rede pública de ensino e nos estabelecimentos que oferecem refeição nos órgãos públicos do Estado de São Paulo.
Numa democracia, não cabe ao Estado ditar o que o cidadão deve consumir, nem interferir na ordem legal da economia por meio de artificialidade nas leis de mercado.

O referido projeto, repleto de conceitos obsoletos e baseado em dogmas com afirmações inverídicas que ignoram a importância e os benefícios nutricionais da carne à saúde, nos remete à inconstitucionalidade do mesmo.

Com base no Sumário Executivo da Abiec e na importância do mercado paulista na demanda por carne bovina, a medida pode acarretar em uma perda anual de até 29 bilhões de reais na cadeia produtiva da pecuária de corte do país.

As perdas ainda se estenderiam com o fechamento de até 250 mil postos de trabalho e com o desaparecimento de aproximados 5 bilhões de reais em salários de atividades indiretas, estimuladas pelos diversos elos da cadeia produtiva da bovinocultura de corte.
Desta forma, pelo imenso impacto negativo em todo o país, e pela arbitrariedade do Estado ao ditar direitos e hábitos de consumo do cidadão, consideramos ser crível que o governador Geraldo Alckmin decida pelo veto a esse projeto que agride as bases democráticas e ignora o clamor crescente por menor interferência do Estado.

Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC)

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