DANIEL MACHADO
DE PALMAS (TO)
As exportações do Tocantins de janeiro a outubro bateram todos os recordes da história, chegando a US$ 1,2 bilhão (mais de R$ 6,6 bilhões, considerando a cotação do dólar comercial desta terça-feira, que era R$ 5,38). O valor é o maior já registrado para o período na história do Tocantins e representa um aumento de 26% em relação aos primeiros dez meses do ano passado.
Do total vendido pelo Estado a outros países em 2020, 69% é de soja. Em dinheiro isso representa pouco mais US$ 847 milhões (R$ 4,45 bilhões). Em volume, foram 2,4 milhões de toneladas. Na comparação com janeiro a outubro do ano passado, o aumento nas exportações de soja é de 20%.
As informações foram apuradas pelo Norte Agropecuário no Comex Stat, sistema oficial do governo federal de registro de transações internacionais.
Na segunda colocação entre as exportações, está a carne, que registra um expressivo aumento de 95% na venda para o exterior de janeiro a outubro de 2020 na comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, foram comercializados este ano US$ 270 milhões (R$ 1,45 bilhão) em 2020 contra US$ 131 milhões (R$ 748 milhões) de 2019. Em volume, foram 66 mil toneladas agora, ante 42 mil toneladas no ano passado – aumento de 55%.
A elevação percentual em volume bem menor do que em dinheiro significa que os frigoríficos exportadores conseguiram melhor preço pelo quilo da carne exportado neste ano – R$ 22 agora contra R$ 17,50 no ano passado.
O terceiro maior ativo agrícola é o milho, que tem suas exportações concentradas nos meses finais do ano. Até o final de outubro, já foram exportados US$ 78,67 milhões (R$ 423 milhões) em milho, valor 16% superior ao registrado de janeiro a outubro do ano passado.
CHINESES NA LIDERANÇA
A China segue, disparada, sendo a principal parceira comercial do Brasil. O gigante asiático é responsável pela compra de 58% das exportações tocantinenses, o que representa US$ 715 milhões (R$ 3,85 bilhões). Os chineses são os maiores compradores de soja e de carne do Estado.
Na segunda colocação, mas muito atrás, está a Espanha com US$ 77 milhões (R$ 416 milhões). Esse valor representa 6%. Região especial chinesa, Hong Kong aparece em terceiro, com US$ 42 milhões (R$ 229 milhões) – 4% do total.
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