Criada em 08/03/2022 às 10h55 | Comunicação

A trabalhadora rural que buscou conhecimento para empreender na pecuária

A trabalhadora rural Aldeide Silva não desistiu de ir atrás de conhecimento para administrar uma fazenda de bovinocultura. Casos como a Aldeide se repetem em todo o estado do Tocantins e em regiões onde a supremacia era masculina.

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A trabalhadora rural Aldeide Silva não desistiu de ir atrás de conhecimento para administrar uma fazenda de bovinocultura. (Foto: Divulgação)

Mesmo impedida de concluir os estudos por causa da vida no campo, a trabalhadora rural Aldeide Silva, não desistiu de ir atrás de conhecimento para administrar uma fazenda de bovinocultura. Natural de Sítio Novo, no extremo norte do estado, mãe de três filhas e parte de uma família de trabalhadores rurais, desde a infância, foi incentivada a valorizar o trabalho rural. Ainda criança aprendeu a cultivar a terra na propriedade da família, onde cultivam arroz, feijão e também produziam mandioca.

A oportunidade de assumir o controle da propriedade surgiu quando o sogro dela faleceu. Junto com o marido foram em busca de conhecimento e informação para exercer essa tarefa. Em 2018 participaram “ABC do cerrado”, uma iniciativa do Senar que capacitava produtores rurais. Aprendeu sobre o manejo das pastagens, a produção de silagem e a gerenciar uma propriedade rural. De cara descobriu que os pasto da fazenda não ia bem porque havia excesso de animais para o porte da pastagem. “Se não fosse o curso poderíamos ter ido à falência, pois não sabíamos a forma adequada de cuidar do pasto e fazer o manejo mais apropriado para os animais que a gente tinha”.

Além de mulher, mãe, esposa, cozinheira, quebradeira de coco e feirante, a trabalhadora rural tornou-se administradora da Fazenda Santa Rosa, no município de Axixá, na região do Bico do Papagaio. Junto do marido, ela acompanha o rebanho e toma decisões para tentar obter o melhor resultado para os animais de cria. “Isso me deixa tão orgulhosa, tão feliz em saber que a propriedade anda comigo e com meu esposo. Não é aquela terra onde tudo para com a ausência do homem, eu estou aqui, eu resolvo”, afirmou entusiasmada e feliz com o que faz.

A mulher do campo procura sempre participar de reuniões do meio rural e nunca se intimidou em expressar sua opinião: “Nunca me senti diminuída por ser mulher. Uma vez, numa reunião que só tinha homens levantei a mão e falei o que eu pensava sobre os assuntos que estavam sendo tratados. Aquele mundo de homens ficou impressionado e viram que eu realmente entendia do assunto e depois daquele dia passaram a me tratar de outro jeito”, disse com o sentimento de quem conquistou o seu espaço.

Casos como a Aldeide se repetem em todo o estado do Tocantins e em regiões onde a supremacia era masculina, a presença feminina em postos de decisão cresce a cada ano. Nas fazendas nas diversas regiões do Tocantins, não é raro encontrar uma mulher liderando os negócios ao lado dos maridos, mas também sozinhas ou ao lado de outras mulheres também. “Tanto faz a gente trabalhar na lavoura ou na pecuária. “Nós mulheres temos que mostrar que somos capazes, temos que vestir a camisa, arregaçar as mangas e lutar por nosso espaço também na agropecuária", concluiu Aldeide Silva. (Da Assessoria)

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