Criada em 16/03/2023 às 07h37 | Agronegócio

Importação de fertilizantes no primeiro bimestre despenca 80% no Tocantins

A quantidade de adubo importada nos primeiros dois meses do ano é a menor para um primeiro bimestre desde 2016. Empresas reforçaram estoques além do previsto no ano passado; altos custos também motivou agricultores a plantarem sem o uso de adubo, o que deve fazer cair produtividade.

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A quantidade de adubo importada nos primeiros dois meses do ano é a menor para um primeiro bimestre desde 2016. (Foto: Divulgação)

Daniel Machado
De Brasília (DF)

A importação de fertilizantes por parte das empresas do setor no Tocantins caiu 80% em volume e 83% em dinheiro no primeiro bimestre de 2023 na comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, os empreendedores do setor investiram US$ 7,2 milhões no período para adquirir 16,1 mil toneladas de adubo.

Os dados foram coletados e analisados pelo Norte Agropecuário no Comex Stat, plataforma oficial do governo federal para transações comerciais internacionais.

A quantidade de adubo importada nos primeiros dois meses do ano é a menor para um primeiro bimestre desde 2016. Além disso, esta é primeira vez nos últimos sete anos que o Estado adquire do exterior menos de 20 mil toneladas de fertilizante nos meses de janeiro e fevereiro.

Essa redução significativa ocorre mesmo com uma sensível queda no preço internacional do insumo, que é fundamental para agricultura. Em 2023, cada tonelada de fertilizante está sendo importada pelas empresas tocantinenses por US$ 447, montante 16% menor do que os quase US$ 534 do primeiro bimestre de 2022.

Altos custos e projeção exageradas em estoques do ano passado

Conforme o Norte Agropecuário apurou, a grande redução na importação se concentra em dois fatores: as empresas apostaram alto e compraram além do que o mercado exigiu no ano passado, fazendo com que boa parte do estoque fosse comercializada agora; e os altos custos do insumo que fizeram produtores rurais diminuir, ou até mesmo não usar, alguns tipos de fertilizantes no plantio dessa segunda safra de milho e outras culturas.

Esse tipo de economia foi feita nos locais nos quais o solo tinha muita qualidade. Mesmo assim, o não uso do adubo deve reduzir um pouco a produtividade.

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