Criada em 03/08/2022 às 10h27 | Agronegócio

Seminário sobre a intensificação e sustentabilidade da Agricultura Irrigada do Sudoeste do Tocantins será realizado nesta quinta, 4

Organizado pela associação, Embrapa Cerrados e Codevasf, o seminário vai contar com a participação do pesquisador na área de recursos hídricos e irrigação e chefe adjunto de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Cerrados Lineu Neiva Rodrigues, representantes de instituições parceiras.

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Seminário sobre a intensificação e sustentabilidade da Agricultura Irrigada do Sudoeste do Tocantins será realizado nesta quinta, 4. (Foto: Divulgação)

O desenvolvimento sustentável da agricultura irrigada no Tocantins é tema de seminário que será realizado nesta quinta-feira, 04, as 19h, na sede da Associação dos Produtores Rurais do Sudoeste do Tocantins (APROEST), em Lagoa da Confusão, região Sudoeste do estado. Organizado pela associação, Embrapa Cerrados e Codevasf, o seminário vai contar com a participação do pesquisador na área de recursos hídricos e irrigação e chefe adjunto de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Cerrados Lineu Neiva Rodrigues, representantes de instituições parceiras e rizicultores tocantinenses.

No Tocantins, mais precisamente na região Sudoeste, está localizando o maior projeto de agricultura irrigada por subinundadação da América Latina. Produtos cultivados na região, como arroz, soja para sementes milho, feijão caupi/mungo e melancia, chegam à mesa de milhares de brasileiros, além de serem exportados para outros países, gerando emprego, renda e movimentando positivamente a economia dos municípios.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Cerrados, “a irrigação é, sem dúvida, a tecnologia com maior potencial de contribuir para o aumento da segurança alimentar e ambiental, bem como para a redução da fome e da pobreza, além de gerar grande número de empregos”. O Brasil, segundo dados publicados e disponibilizados pelo pesquisador, é um dos poucos países do mundo com capacidade de triplicar sua área irrigada de forma sustentável. O país possui cerca de 8,2 milhões de hectares irrigados (3,3% do total da área plantada), mas pode chegar a 55 milhões de hectares – o maior potencial de crescimento no mundo.

Sobre o seminário, o presidente da Aproest Fausto Garcia reforçou a importância de se discutir o tema, pois com a irrigação é possível triplicar a produção de alimentos sem precisar abrir novas áreas. “O Tocantins pode e deve ampliar suas áreas irrigadas, de forma sustentável e sempre seguindo as leis vigentes. Vamos gerar mais emprego e renda, movimentar a economia e alcançar novos mercados consumidores”, disse ele.

Novas elevatórias

O superintende executivo da Aproste, Wagno Milhomem, relembrou que foi assinada a autorização para o início da construção de 14 elevatórias na região Sudoeste. A obra irá receber R$ 34 milhões em investimentos para a contratação de estudos, elaboração de projeto executivo, execução e montagem das estruturas. “As barragens móveis servirão para conter o fluxo de água para o período de seca, garantir segurança hídrica para produção de alimentos e preservar as demais atividades do rio. A previsão é que cerca de 200 mil pessoas sejam beneficiadas nas regiões do Vale do Araguaia e da Bacia do Formoso”, disse.

Curriculo Lineu Neiva Rodrigues

É mestre e doutor em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa e pós-doutor pela Universidade de Nebraska-EUA, Lincoln, em Engenharia de Irrigação e Manejo de Água. Atualmente é pesquisador na área de recursos hídricos e irrigação e chefe adjunto de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Cerrados. É membro da Comissão Técnica de Capacitação da Embrapa. É orientador dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa e em Agronomia (irrigação e drenagem), da Faculdade de Ciências Agronômicas - Câmpus de Botucatu. É diretor de políticas públicas da Associação Brasileira de Engenharia Agrícola. Atua como consultor científico de diversos órgãos de fomento à pesquisa e revistas científicas. Coordena o grupo de pesquisa do CNPq intitulado Rede Agrohidro. Foi supervisor do Núcleo de Articulação Internacional da Embrapa Cerrados. Foi consultor da Organização dos Estados Americanos (OEA) e pesquisador visitante na Universidade da Califórnia-EUA, Davis, no departamento de estudos de terra, ar e recursos hídricos, onde desenvolveu trabalho em modelagem da hidrologia de área irrigadas. Foi membro titular da Câmara Técnica de Análise de Projetos, presidente da Câmara Técnica de Ciência e Tecnologia e Conselheiro titular do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH). Foi membro do Comitê gestor do Portfólio de Projetos em Mudanças Climáticas de Agricultura Irrigada da Embrapa e representante do Brasil na Plataforma de Recursos Hídricos e Tecnologia de Irrigação do Programa de Cooperação para o Desenvolvimento Tecnológico Agroalimentar e Agroindustrial do Cone Sul (PROCISUR). Temas de interesse: irrigação, recursos hídricos, hidrologia, mudanças climáticas. (Da Assessoria)

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