Criada em 21/05/2018 às 16h12 | Agronegócio

Protestos de caminhoneiros contra aumento de combustíveis interditam rodovias em cerca de 15 estados brasileiros

Segundo a Polícia Rodoviária Federal as interdições ocorrem no início da tarde em 15 estados, entre eles o Tocantins, que registrou interdições ao longo da BR-153 nos municípios de Gurupi, Paraíso do Tocantins e Fortaleza do Tabocão.

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Caminhoneiros colocaram fogo em pneus durante protesto. (Foto Jairo Santos / TV Anhanguera)

Conforme haviam anunciado, caminhoneiros iniciaram na manhã desta segunda-feira, 21, protestos contra os constantes aumentos dos combustíveis. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou interdições em rodovias.

No Tocantins, motoristas atearam fogo em pneus em Gurupi, fizeram carreata em Paraíso do Tocantins e interditaram o KM 360 da BR-153 em Fortaleza do Tabocão.

O grupo de caminhoneiros que iniciou os protestos em Gurupi interditou os dois sentidos da pista da BR-153, buscando a adesão dos motoristas que trafegavam no local. Ao final da manhã, já havia 20 manifestantes e rodovia só foi liberada para veículos leves e de emergência.

A carreata de Paraíso teve a adesão de mais de 100 motoristas, segundos os organizadores, e contou ainda com empresas de transporte e postos de combustíveis. Terminada a carreata, os caminhoneiros bloquearam a BR-153 e impediram a passagem de caminhões, mas liberaram a pista depois.

Segundo a PRF, as interdições ocorrem no início da tarde em Minas Gerais, Bahia, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Ceará, Mato Grosso, Pernambuco, Rondônia e Tocantins.

A Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), que organiza a greve, disse que a maior parte das interdições é parcial, ou seja, não fecha completamente as vias.

O movimento cobra do governo reduzir a zero a carga tributária sobre o diesel, principal combustível consumido no país.

Desde que a Petrobras implantou em julho passado um sistema de reajustes mais frequentes de preços dos combustíveis, para refletir cotações internacionais do petróleo e do câmbio, tanto o diesel quanto a gasolina tiveram aumentos de quase 50 por cento nas refinarias da empresa.

Novo Aumento

Apesar dos protestos, a Petrobras anunciou nesta segunda-feira um novo aumento no preço do diesel e da gasolina nas refinarias.

“A Abcam entende o novo aumento do combustível como um desaforo a todos os trabalhadores brasileiros. Mas ela entende que essa atitude só fortalece as paralisações da categoria e incentiva que outros grupos de trabalhadores também passem a aderir o manifesto”, disse o presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes.

A expectativa é que a adesão ao movimento seja maior no Centro-Oeste e Sul, regiões que estão em plena época de transporte da safra de grãos. “Estamos pedindo para o pessoal ficar pelo menos 72 horas sem carregar (os caminhões)”, disse o presidente da Abcam na última sexta.

Já o setor de combustíveis afirma que boa parte do preço na bomba decorre da elevada carga tributária, enquanto a Petrobras afirma que não tem o poder de formar os preços.

A greve dos caminhoneiros acontece enquanto a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), que representa os donos de postos, apela por mudanças tributárias, afirmando que a política de preços da Petrobras está causando prejuízos ao setor.

A última vez que os caminhoneiros promoveram protestos em âmbito nacional foi no início de 2015, quando exigiram redução de custos com combustível, pedágios e tabelamento de fretes. (Com informações TV Anhanguera e Agência Reuters)

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