Criada em 15/03/2021 às 06h47 | Exportações

Destaque do Norte Agropecuário no Rádio: Ao avaliar exportações, pecuarista projeta melhora dos números no Estado do Tocantins

Em entrevista ao Norte Agropecuário no Rádio, domingo, dia 14, na Jovem FM, Vivian Machado analisa recuo nas vendas de carne para o exterior no primeiro bimestre de 2021; ela destaca, porém, que há uma tendência de melhora.

Imagem


Clique no ícone acima e confira o programa


Clique no ícone acima e confira o programa 


Clique no ícone acima e ouça a entrevista


 

DANIEL MACHADO
DE BRASÍLIA (DF)

A produtora rural Vivian Machado avaliou, ao Norte Agropecuário no Rádio, que a queda de 16% em dinheiro e 13% em volume nas exportações de carne do Tocantins no primeiro bimestre de 2012 na comparação com o mesmo período do ano passado tem mais de um fator. Os principais, segundo ela, são a alteração do preço do dólar e seca prolongada no Tocantins em janeiro e no final do ano passado, que atrasou muito o abate do boi.

Além disso, ela lembrou que a China, nos primeiros dois meses do ano passado, estava no auge da sua pandemia e trabalhou muito para regular o seu estoque de comida, comprando mais carne do Brasil. “Países que já tiveram a população com fome, como é o caso da China, se importam muito em regular os seus estoques”, destacou a pecuarista.

Por outro lado, a produtora rural já projeta uma melhora quase que imediata nos números. “Segundo dados de nível Brasil, a última semana de fevereiro é melhor que a última de fevereiro 2020”, pontuou.

Além disso, Viviane destaca que deve haver, agora nesse primeiro semestre, a liberação de novas plantas frigoríficas para China, inclusive no Tocantins.

OS NÚMEROS

Em novo patamar de vendas para o exterior desde os últimos meses de 2019, as exportações de carne feitas pelo Tocantins caíram 16% em dinheiro e 13% em volume no primeiro bimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Mesmo assim, os registros são os segundos melhores da história, com boa vantagem sobre o terceiro colocado.

Ao todo, o Tocantins vendeu em janeiro e fevereiro 9.269 toneladas de carne por US$ 38,83 milhões (quase R$ 270 milhões). Os números foram analisados pelo Norte Agropecuário após coleta no Comex Stat, o sistema oficial do governo federal de transações comerciais internacionais.

Embora um pouco mais acentuada, a queda das exportações do Estado acompanhou o que ocorreu no Brasil. O país exportou no primeiro bimestre 985 mil toneladas de carne por US$ 2,22 bilhões. O valor é 10% menor do que nos primeiros dois meses do ano passado e o volume é 5% inferior.

PATAMAR E CHINA

A mudança de patamar nas exportações de carne do Tocantins ocorreu principalmente por causa dos negócios com a China, a partir dos últimos meses de 2019. O país que já é disparado o maior comprador de soja do Estado, passou a ser com muita folga o líder na aquisição de carne do Tocantins. Dos mais de US$ 38 milhões vendidos ao exterior entre janeiro e fevereiro de 2021, US$ 24,31 milhões (63%) foram para a China.

NÚMEROS NACIONAIS

Com uma movimentação de 124.488 toneladas, a exportação total de carne bovina (in natura + processada) apresentou queda de 5% em volume em fevereiro, em relação ao mesmo mês do ano passado. Na receita, onde há renegociações em curso e preços melhorando, a queda foi de apenas 1%, obtendo-se US$ 552 milhões.

Em fevereiro de 2020, o Brasil exportou 131.227 toneladas com receita de US$ 560 milhões. Em relação ao mês de janeiro deste ano também houve queda pois naquele mês a movimentação foi de 127.139 toneladas e a receita US$ 549 milhões.

As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que compilou os dados do Ministério da Economia, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Decex). No acumulado dos dois primeiros meses do ano, o volume alcançou 251.627 toneladas (-6%) e a receita US$ 1,1 bilhões (-7%). Em 2020, no mesmo período, a movimentação foi de 266.602 e a receita US$ 1,17 bilhões.

Através do continente e da cidade estado de Hong Kong, a China se manteve como o principal comprador do produto brasileiro, adquirindo nos dois primeiros meses de 2021, o total de 153.602 toneladas, ou 61% do volume exportado. No ano passado, no mesmo período, as aquisições foram de 139.916 toneladas ou 52,5% das exportações brasileiras. Segundo a ABRAFRIGO, em janeiro deste ano a China importou 74.707 toneladas e em fevereiro 79.895 toneladas.

Entre os 20 maiores clientes da carne bovina brasileira, o Chile ficou em segundo lugar nas importações, com 10.623 toneladas (-33% em relação aos dois primeiros meses de 2020); na terceira posição veio o Egito, com 8.241 toneladas (-30%); na quarta os Estados Unidos, com movimentação de 7.616 toneladas (+ 156% em relação a 2020); as Filipinas ficaram em quinto lugar, com 7.079 toneladas (+22,7%); Israel em sexto, com 6.359 toneladas(- 2,4%) e em sétimo os Emirados Árabes, com 6.349 toneladas (+ 2,9%). No total, 50 países aumentaram suas importações enquanto outros 74 diminuíram.

Tags:

Comentários


Deixe um comentário

Redes Sociais
2024 Norte Agropecuário