Criada em 14/03/2017 às 00h44 | Agronegócio

“Quando retira a burocracia, é mais dinheiro na mão do produtor e mais emprego no país”, afirma Blairo Maggi ao lançar Agro+

O programa teve início em agosto do ano passado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento , e já foi adotado também no Rio Grande do Sul e em São Paulo. O Tocantins deveria receber o programa em novembro, mas lançamento foi adiado.

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Blairo Maggi discursa durante lançamento do Agro+ em Rondônia (foto: Mapa/Divulgação)

O ministro Blairo Maggi defendeu as medidas do programa de modernização e de desburocratização do Agro+, ao participar nesta segunda-feira, 13, do lançamento da versão local do programa em Porto Velho (RO). Maggi disse que foram feitas mudanças em centenas de ações que envolvem o cotidiano dos produtores, que “precisavam esperar até sete meses para mudar uma mesa de lugar, dependendo de autorização de Brasília”.  

O programa teve início em agosto do ano passado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento , e já foi adotado também no Rio Grande do Sul e em São Paulo. O Tocantins seria o segundo Estado a formalizar o compromisso do programa. Porém, foi adiado no final de novembro de 2016 por causa de uma operação da Polícia Federal que mirou, inclusive, o governador Marcelo Miranda (PMDB).

A ação, que segundo a PF, apurava desvios de até R$ 200 milhões, resultou em mandado de condução coercitiva do governador Marcelo Miranda. Além disso, prendeu seu irmão, Brito Júnior, empresários e até o secretário de Infraestrutura do governo, Sérgio Leão. Todos estão em liberdade atualmente.

AGRO+ EM RONDÔNIA

O ministro observou que tem falado diretamente com veterinários e com trabalhadores da área operacional do agronegócio para descobrir quais são os entraves que atrapalham tarefas simples do dia a dia. “Quando você retira a burocracia, é mais dinheiro na mão do produtor e mais emprego gerado no país”, afirmou. 

Maggi fez um relato a autoridades do governo de Rondônia, a parlamentares e a produtores das viagens que tem realizado ao exterior para ampliar a participação brasileira no mercado mundial do agronegócio. Nessas ocasiões, aproveita para esclarecer a respeito do cumprimento à legislação ambiental do país. Segundo ele, é preciso que alguém faça esse papel lá fora, porque existem “narrativas ultrapassadas em relação ao cuidado com o meio ambiente”.

Se outros países, afirmou Blairo Maggi, preservassem a natureza como fazem os brasileiros, possivelmente os problemas climáticos não estariam acontecendo. “Temos 61% de nosso território totalmente preservado. Ninguém no mundo tem essa condição”, enfatizou. O Brasil precisa se impor nesse debate e o mínimo que espero é o reconhecimento pelo que fazemos, disse o ministro.

Acompanhado do secretário-executivo, Eumar Novacki,  o ministro comprometeu-se a apoiar a 6ª Feira de Negócios e Tecnologia – Rondônia Rural Show, que acontecerá entre os dias 24 e 27 de maio na capital.

PAÍSES ANDINOS

Durante Encontro da Agricultura, na Federação das Indústrias do Acre, em Rio Branco (AC), durante a manhã, produtores pediram ao ministro apoio para maior aproximação com países andinos a fim de ampliar o comércio. O ministro se comprometeu a interceder junto ao Itamaraty para fortalecer as relações do Acre e de Rondônia com os países vizinhos.

Rondônia tem importante participação na pecuária de leite do país, além da produção de café e de grãos. No Acre, destacam-se, além da extração de borracha, a produção de castanhas. São seis os países andinos, Chile, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador e Venezuela.

Outro tema de interesse no Acre é a regularização fundiária na região. O ministro disse ter falado recentemente com o presidente Michel Temer sobre o assunto e que essa é uma preocupação de governo. Nos últimos 20 anos, 88 milhões de hectares de terras foram distribuídas no Brasil sendo que 90% desse total encontram-se irregulares. (Com informações do Mapa)

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