Exportação de milho tocantinense cresce 14% em 2021 e já ultrapassa R$ 257 milhões

DANIEL MACHADO
De Brasília (DF)

As exportações de milho do Tocantins atingiram em 2021 o maior valor da história para os primeiros oito meses do ano. De janeiro a agosto, o Estado vendeu para o exterior US$ 49,19 milhões (R$ 257,74 milhões), 14% a mais do que os US$ 43,10 milhões (R$ 225,85 milhões) registrados nos dois primeiros quadrimestres de 2020, até então o maior registro do Estado em exportação do cereal.

Os dados foram apurados pelo Norte Agropecuário no Comex Stat, sistema oficial do governo federal para transações comerciais internacionais. Em volume, já foram exportadas 271,9 mil toneladas de milho em 2021, quantidade 3% inferior às 279,3 mil toneladas dos oito primeiros meses de 2020.

A redução no volume e o aumento em dinheiro mostram que o milho se valorizou no mercado internacional. Enquanto em 2021 cada tonelada do cereal está sendo em média vendida por US$ 181 (R$ 948), no ano passado o valor era de US$ 154 (R$ 809).

Quebra da safra e antecipação de vendas

Conforme o presidente da Aprosoja-TO (Associação de Produtores de Soja e Milho do Tocantins), Dari Fronza, muitos agricultores anteciparam a comercialização de sua colheita as trades ou às empresas brasileiras e venderam sacas de milho por R$ 40, deixando de ganhar muito dinheiro, pois o preço passou de R$ 80 e segue elevado.

“Teve muita gente que deixou de ganhar dinheiro”, destacou. Ele lembrou, ainda, que a colheita de milho deste ano não foi boa, tendo uma quebra de até 50%. Contudo, o aumento do preço internacional ajudou a recuperar parte das perdas e trouxe mais dinheiro para circular no Tocantins.

Espanha é maior compradora de milho do Estado

Diferente dos dois maiores ativos agropecuários do Estado - soja e carne bovina – que têm a China como principal parceira importadora disparada, no milho tocantinense a liderança é da Espanha. Em 2021, os espanhóis já compraram US$ 16,4 milhões (R$ 86,2 milhões) em milho do Estado. O montante corresponde a 33,5%.

Na segunda colocação vem o Egito, com US$ 9,7 milhões (R$ 51,2 milhões), o que equivale a 19,9%. E, no terceiro posto, está a Itália, com US$ 5 milhões (R$ 26, 52 milhões) – 10,3%.

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