Criada em 26/07/2021 às 08h16 | Agronegócio

Quebra da safra de milho no Tocantins pode chegar a 45%, diz presidente da Aprosoja-TO

Plantio atrasado, falta de chuvas e praga da cigarrinha dificultam colheita de cereal que bateu recorde de exportações em 2020; preço para consumidor deve subir muito.

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Atualmente, o milho disputa com o arroz a terceira posição no Tocantins e está atrás apenas da soja e da carne bovina. (Foto: Divulgação)

DANIEL MACHADO
De Brasília (DF)

Ativo agrícola que cresce de importância a cada ano no Tocantins, o milho deve ter problemas de quebra de safra que podem chegar até 45% da produção, conforme estimativa do presidente da Aprosoja-TO (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Tocantins), Dari Fronza.

Para essa projeção tão negativa há um conjunto de três fatores:

- o plantio foi atrasado este ano e se estendeu até meados de março por causa das chuvas no primeiro trimestre que adiou a colheita da soja;

- as chuvas não se repetiram no final do primeiro semestre, o que dificultou o crescimento do milho;

- a praga da cigarrinha atingiu muitas plantações do Estado.

“Tivemos muita chuva durante a colheita de soja e isso empurrou a janela do milho muito para dentro do mês de março e agora no final a chuva não veio da mesma forma. Infelizmente esse ano vai ter menos colheita de milho no nosso Estado”, destacou Dari Fronza.

Importância do milho

Atualmente, o milho disputa com o arroz a terceira posição no Tocantins e está atrás apenas da soja e da carne bovina. Conforme a última estimativa do Ministério da Agricultura, a safra de milho do Tocantins está avaliada em R$ 1,46 bilhão. Já as exportações do cereal em 2020 bateram recorde, com 751 mil toneladas vendidas ao exterior por mais de US$ 120 milhões – quase R$ 630 milhões.

Consumidor

A quebra da safra não é só no Tocantins. Segundo Dari Fronza, muitos estados do Brasil devem sofrer com problemas semelhantes. Como a demanda externa pelo cereal vem crescendo muito, a situação tende a pressionar os preços, com as altas chegando ao consumidor final e na indústria.

No final da semana passada, algumas cidades do Brasil já comercializavam a saca de milho de 60 quilos por R$ 100.

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