Aumento nas exportações e abertura de novos mercados são as perspectivas dos produtores de carne bovina em São Paulo que será zona livre da febre aftosa ao final da campanha de vacinação agora em novembro. O ciclo de 56 anos de erradicação da doença começou em 1967 e está sendo encerrado agora em 2023 a partir da região de Presidente Prudente para todo estado. A data histórica se dá neste 31 de outubro com o lançamento da última campanha de imunização, em evento sediado na Unoeste que é referência nacional em graduação e pós-graduação na área das ciências agrárias.
O anúncio da jornada derradeira ocorreu juntamente com o 3º Fórum Paulista de Febre Aftosa, na tarde desta terça-feira (31) no Salão do Limoeiro, no campus II. Realização da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDR), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento que há 20 dias é comandada pelo prudentino Guilherme Piai Silva Filizzola, filho do médico veterinário Sérgio Filizzola. Dentre os parceiros, o curso de Medicina Veterinária foi convidado para participar com os seus professores e alunos, de tal forma que cedeu o espaço, com aval da Reitoria.
Programa de controle
A participação foi estendida para os outros cursos das ciências agrárias, que são Zootecnia e Agronomia. Pela Medicina Veterinária, a diretora, Dra. Glaucia Prada Kanashiro e a coordenadora, Dra. Rosa Maria Barilli Nogueira comentam que a participação dos alunos representa ganho em relação ao mercado de trabalho e como temática que poderá ser aplicada no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). A coordenadora da Zootecnia, Dra. Ana Cláudia Ambiel Corral Camargo participou com função dupla, incluindo a de conselheira do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-SP).
Dentre os professores participantes, foram detectadas as presenças do Dr. Rogério Giuffrida e da Dra. Adriana Falco de Brito, amiga do palestrante Gabriel Adrian Sanches, da Divisão de Emergências Zoossanitárias do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Outro “amigo da casa” presente foi o presidente do CRMV-SP, Odemilson Donizete Mossero, acompanhado do representante regional Haroldo Alberti que foi professor na Unoeste. O presidente contou que o Mapa instituiu o programa de controle da doença em 1963, no qual São Paulo entrou em 1967, iniciando pela região de Prudente, onde agora é lançada a última etapa do ciclo.
Foto: Homéro Ferreira
Público do o 3º Fórum Paulista de Febre Aftosa, no Salão do Limoeiro
Reconhecimento histórico
Para Odemilson, o fato de encerrar onde foi o início, representa o reconhecimento histórico da participação da região no combate da febre aftosa. Dentre os pronunciamentos feitos ao ser aberto o Fórum, o deputado Lucas Bove elencou três pontos importantes para o estado como zona livre. Disse, que o primeiro é a liberdade do rebanho livre da aftosa e o produtor livre para negociar com qualquer canto do mundo. Outro ponto é valorização do produto e do agronegócio. Por fim, destacou a união dos poderes executivo e legislativo junto ao setor do agronegócio.
O secretário Guilherme Piai enalteceu os méritos dos técnicos da CDR e reforçou a união como importante para promover o desenvolvimento social e econômico, citando que tem sido boa a relação da secretaria de estado com o Mapa, na pessoa do ministro Carlos Fávaro, de tal forma que estão andamento tratativas para vários convênios com o governo federal. O superintendente do Mapa em São Paulo, Guilherme Campos, discursou no evento e disse que o Ministério está à disposição do estado e que o agronegócio é quem puxa a economia para cima.
Protagonismo regional
Dentre outras falas, o prefeito de Presidente Prudente e presidente da União dos Municípios do Pontal do Paranapanema (Unipontal), Ed Thomas foi quem deu as boas vindas para cerca de 500 participantes, sendo a maioria do setor do agronegócio. Em sua fala evidenciou o fato da Unoeste ter cedido espaço para São Paulo fazer história e a região ser a protagonista. Para Ed, o fato de Guilherme ter sido recentemente nomeado secretário pelo governador Tarcísio de Freitas não é coincidência, é providência, no sentido de ter olhar especial para o Pontal do Paranapanema.
Com programa de palestras de Breno Moscheta Welter, Gabriel Adrian Sanches Torres, Amarildo Merotti e Cyro Penna Junior, o Fórum Paulista foi realizado com o objetivo de promover a integração de cadeias produtivas do agronegócio paulista com a Defesa Agropecuária de São Paulo; divulgar as ações do estado sobre o Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA); esclarecer as principais mudanças no sistema de vigilância e prevenção após a retirada da vacinação; e conscientizar os produtores sobre a importância da notificação de suspeitas e afins. (Da Assessoria)
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