Criada em 05/05/2018 às 10h35 | Agronegócio

Ministro Blairo Maggi espera que Estados Unidos reabram importação de carne bovina brasileira até fim do semestre

Nos próximos dias, uma missão técnica do Ministério da Agricultura viajará aos Estados Unidos na tentativa de resolver a questão. O ministro Blairo Maggi acredita que será a última uma vez que todos os questionamentos já foram respondidos.

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Os Estados Unidos suspenderam, em junho do ano passado, a importação de carne in natura sob a alegação de presença de nódulos decorrentes de aplicação de vacina contra a aftosa. (Foto Divulgação Abiec)

Em viagem a Ribeirão Preto (SP), onde visitou a feira agropecuária Agrishow, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), declarou que espera a retomada das exportações de carne bovina in natura para os Estados Unidos até o fim deste semestre. “Uma missão de técnicos irá na semana seguinte para aos Estados Unidos e creio que será a última. Todos os documentos, todos os questionários e pedidos foram respondidos. Então, nessa viagem que nossos técnicos farão, espero que a gente consiga resolver os problemas. Minha expectativa é de que a gente volte até o final deste semestre a exportar carne para os Estados Unidos. É o nosso desejo e estamos trabalhando para isso”.

A suspensão ocorreu em junho do ano passado, sob a alegação de presença de nódulos decorrentes de aplicação de vacina contra a aftosa.

Sobre o mercado europeu, falou também durante entrevista à imprensa, no local: “Como todos sabem, houve um deslistamento que vai vigorar a partir do dia 15. Depois disso, as empresas embargadas não poderão mais exportar para lá até que consigamos reabilitá-las. Já estamos em negociação para trazê-los de volta. Então, vamos deixar bem claro, não foi o Brasil que foi retirado do mercado, mas algumas empresas brasileiras. É claro que farão muita falta. Isso acabou reduzindo os preços com o aumento da oferta internamente e a cadeia sofre como um todo”.

O ministro lembrou que apesar da alegação da presença de salmonella nas carnes de aves, a comunidade europeia, na verdade está defendendo interesse dos produtores locais. “O que a Europa está fazendo conosco, não é por uma questão de saúde humana, nem animal. A restrição de mercado se deu pela grande atuação que o Brasil tem lá. E os produtores europeus não querem a presença do Brasil, querem uma presença menor, para que tenham preços mais altos”.

E acrescentou que junto sua equipe tem trabalhado muito desde que assumiu o ministério pela abertura de novos mercados para os produtos do agro brasileiro. “Sempre tive a intenção de abertura, de ampliar novos mercados, porque o Brasil tem uma produção muito grande e depende muito da exportação”. Mas a ideia, segundo Maggi, é de reaproximação com a UE, mostrando todas as mudanças legais e de retirada de influências político partidárias em assuntos do ministério relacionados à fiscalização sanitária.

Plano Safra

O ministro admitiu durante conversa com jornalistas que a renegociação recente de dívidas do Funrural, que gerou impacto nas contas públicas, poderá influenciar a definição do volume de recursos e da taxa de juros do Plano Agrícola e Pecuário 2018/2019. “Todos nós sabemos que, com a Lei do Teto de Gastos, o volume de recursos destinados para o setor é o mesmo do ano passado. E esse foi um problema extra que apareceu”. Maggi adiantou que na próxima terça-feira o assunto será debatido em reunião com o presidente do Banco Central, Ilan Golfajn.

Homenagem

Blairo Maggi recebeu placa com homenagem da Secretaria de Agricultura do estado de São Paulo, que foi entregue pelo atual secretário e ex-superintendente federal do Mapa em SP, Francisco Jardim. (Do Mapa)

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