Criada em 04/02/2022 às 08h47 | Agronegócio

Menor incidência de luz solar pode afetar pastagens

Agrometeorologista explica que a menor incidência de luz solar para a pecuária ainda não há muitos problemas, mas para culturas mais sensíveis, como a de hortaliças, por exemplo, essa concentração é prejudicial.

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Falta de insidência de luz pode afetar pastagens. (Foto: Gisele Rosso)

Nos últimos cinco dias, a estação meteorológica da Embrapa Pecuária Sudeste registrou cerca de 150 mm de chuva. De acordo com o pesquisador José Ricardo Pezzopane, as chuvas foram concentradas em um período muito curto.

Para a pecuária ainda não há muitos problemas, mas para culturas mais sensíveis, como a de hortaliças, por exemplo, essa concentração é prejudicial. “O gado pode ficar incomodado com excesso de lama em alguns lugares, como próximo a bebedouros e saleiros, mas sem muito estresse”, fala o agrometeorologista. No entanto, ele explica que, caso os dias chuvosos e a falta de sol permaneçam por um período maior, em torno de 10 a 15 dias, a pecuária será afetada.

A diminuição da radiação solar reduz o potencial de produtividade das pastagens. Também, pastos em formação podem sofrer com erosão por excesso de chuva.

O crescimento e desenvolvimento das pastagens, principal alimento do rebanho bovino brasileiro, dependem da incidência luminosa. A diminuição de luminosidade afeta o crescimento dessas plantas, o que pode ocasionar menor produtividade, refletindo na redução da oferta ou no aumento do preço de alimentos, como carne e leite.

Em janeiro, foram registrados 278 mm. A média do período é 274 mm, ou seja, as chuvas ficaram apenas 4 mm acima.

De acordo com o pesquisador, foi com essa chuva dos últimos dias que a fazenda Canchim, sede da Embrapa Pecuária Sudeste, está repondo as reservas hídricas.

2021, um ano seco

O ano de 2021 foi considerado o ano mais seco desde a implantação da estação meteorológica da Embrapa Pecuária Sudeste, há 30 anos.

Pezzopane conta que essa seca foi uma das mais longas e severas registradas na fazenda. Além disso, o clima contou com temperaturas elevadas. Por isso, a deficiência hídrica foi maior. “É um cenário que se impõe com mais frequência, devido às mudanças climáticas”, afirma.

Foram 1002 mm no decorrer de 2021, quando a média anual é 1380 mm. (Da Embrapa)

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