Em cinco meses, importações de fertilizantes pelas empresas do Tocantins já ultrapassam US$ 109 milhões

Daniel Machado
De Brasília (DF)

Com a tonelada de fertilizante sendo comprada em média a quase o triplo do valor do mesmo período do ano passado, as importações de adubo em dinheiro por parte das empresas do Tocantins cresceram 360% de janeiro a maio de 2022. Com isso, os valores já ultrapassam US$ 109,94 milhões (R$ 564 milhões). Disparado, é o maior montante da história para o período e já está muito perto dos US$ 112 milhões registrado em todo 2021, recorde para um ano inteiro.

Os dados foram apurados e analisados pelo Norte Agropecuário no Comex Stat, sistema oficial do governo federal para transações comerciais internacionais.

A maior parte dos fertilizantes do Brasil são importados e a Rússia é o principal fornecedor. O país está em pleno conflito armado, após invadir a Ucrânia no final de fevereiro. A comunidade internacional se uniu e promoveu muitas sanções aos russos, o que dificulta as exportações do maior país do mundo. Isso trouxe o reflexo para o fertilizante usado no Brasil e no Tocantins.

Em volume, a elevação da importação também é muito significativa, embora em patamares muito menores do que em dinheiro. Nestes primeiros cinco meses do ano as empresas do Tocantins compraram quase 170 mil toneladas de fertilizante, em uma elevação percentual de 64% em relação ao acumulado de janeiro a maio de 2021.

Rússia lidera e Venezuela tem muito destaque

De todo o adubo comprado pelas empresas tocantinenses em 2022, 43% veio da Rússia. Na segunda colocação aparece a Venezuela, com 16% e, na terceira, a China, com 15%. A Arábia Saudita forneceu 9% e outros seis países completam a lista.

Principais números da importação de adubo de janeiro a maio de 2022

- Importação em dinheiro: US$ 109.947.889 (R$ 564 milhões)
- Importação em volume: 169.788 toneladas
- Aumento em dinheiro em relação ao mesmo período do ano passado: 360%
- Aumento em volume em relação ao mesmo período do ano passado: 64%
- Maior fornecedor: Rússia, com 43%

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