Em abril, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2022 deve totalizar 261,5 milhões toneladas, 3,3% acima (8,3 milhões de toneladas) da obtida em 2021 (253,2 milhões) e 1,0% acima da informação anterior (2,5 milhões).
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) aponta que a área a ser colhida é de 71,9 milhões de hectares, 4,9% (3,4 milhões de hectares) maior que a área colhida em 2021 e 0,2% (155,3 mil) maior do que o previsto no mês anterior.
O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, somados, representam 92,2% da estimativa da produção e respondem por 87,8% da área a ser colhida. Frente a 2021, houve acréscimos de 8,1% na área do milho (7,2% na primeira safra e 8,4% na segunda), de 10,4% na área do algodão herbáceo e de 4,2% na da soja.
Por outro lado, houve quedas de 2,0% nas áreas do arroz e de 2,9% na do trigo.
Na projeção de produção, houve altas de 11,6% para o algodão herbáceo em caroço, alcançando 6,5 milhões de toneladas; de 1,4% para o trigo (7,9 milhões) e de 27,5% para o milho (111,9 milhões). É esperada queda de 1,4% no milho na 1ª safra (25,3 milhões) e alta de 39,4% no milho na 2ª safra (86,6 milhões). Há projeção de queda de 12,2% para a soja (118,5 milhões) e de 8,5% para o arroz em casca (10,6 milhões).
A informação de abril para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2022 alcançou 261,5 milhões de toneladas e uma área colhida de 71,9 milhões de hectares. Em relação a 2021, a área a ser colhida cresceu 4,9% (3,4 milhões de hectares). Frente ao previsto no mês anterior, houve alta de 155,3 mil hectares (0,2%).
A estimativa da produção apresentou alta anual para quatro regiões: Centro-Oeste (11,7%), Sudeste (11,4%), Norte (5,2%) e Nordeste (9,9%), com queda para a Sul (-14,5%). Quanto à variação mensal, as cinco regiões apresentaram crescimento na estimativa da produção: Centro-Oeste (0,8%), Sul (1,0%), Sudeste (1,7%), Nordeste (0,8%) e Norte (1,5%).
Entre as unidades da Federação, Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 30,5%, seguido pelo Paraná (13,9%), Goiás (10,7%) e Rio Grande do Sul (9,0%). As principais altas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram em Goiás (1.056.997 toneladas), no Paraná (624.917 t), em Minas Gerais (271.642 t), em São Paulo (191.668 t), no Ceará (140.094 t), em Rondônia (104.584 t), no Pará (91.289 t), no Piauí (47.176 t), na Bahia (30.800 t), no Maranhão (7.565 t), no Rio Grande do Norte (1.261 t), e no Rio de Janeiro (18 t).
Já as principais variações negativas ocorreram em Alagoas (-15.050 t), na Paraíba (-3.962 t), no Amapá (-1.100 t), no Acre (-580 t), e no Espírito Santo (-29 t).
Destaques na estimativa de abril de 2022 em relação ao mês anterior
Em relação a março, houve aumento nas estimativas da produção da batata-inglesa 3ª safra (20,4% ou 163 344 t), do feijão 3ª safra (16,5% ou 98 215 t), batata-inglesa 2ª safra (9,0% ou 102 083 t), sorgo (4,0% ou 112 407 t), milho 1ª safra (2,7% ou 654 257 t), da soja (2,0% ou 2 337 581 t), do tomate (1,5% ou 53 373 t), do feijão 2ª safra (1,3% ou 17 134 t), da uva (1,2% ou 17 070 t), do café canephora (1,0% ou 9 978 t), e quedas para o feijão 1ª safra (-7,5% ou -90 328 t), o café arábica (-3,5% ou -81 289 t), a batata-inglesa 1ª safra (-3,2% ou -55 526 t), a laranja (-1,5% ou -251 435 t) e o milho 2ª safra (-0,7% ou -643 820 t).
BATATA-INGLESA – A quarta estimativa da produção da batata-inglesa, para as três safras do produto, foi de 3,9 milhões de toneladas, aumento de 5,7% em relação ao mês de março. Em relação à 2021, a estimativa da produção nacional de batata-inglesa apresenta retração de 5,5%, havendo declínios de 4,1% na área a ser colhida e de 1,5% no rendimento médio.
A 1ª safra, que deve contribuir com 43,7% do total de batata no ano, apresenta variação negativa de 3,2% frente ao mês anterior. A produção foi estimada em 1,7 milhão de toneladas. A 2ª safra, que representa 31,6% da produção total, foi estimada em 1,2 milhão de toneladas, 9,0% maior que a estimativa de março.
A estimativa da produção da 3ª safra foi de 962,7 mil toneladas, crescimento de 20,4% em relação ao mês anterior.
CAFÉ (em grão) – A estimativa da produção brasileira de café, para 2022, para as duas espécies, arábica e canephora, foi de 3,3 milhões de toneladas, ou 54,9 milhões de sacas de 60 kg, declínio de 2,1% em relação ao mês anterior, e crescimento de 12,0% em relação a 2021. O rendimento médio, de 1 795 kg/ha, por sua vez, aumentou 11,7% no ano.
Para o café arábica, a produção estimada foi de 2,2 milhões de toneladas, ou 37,4 milhões de sacas de 60 kg, declínio de 3,5% em relação ao mês anterior, e crescimento de 16,7% em relação ao ano anterior. Em 2022, a safra do café arábica será de bienalidade positiva, com aumento expressivo da produção, embora o clima seco e excessivamente frio do inverno de 2021 possa ter reduzido o potencial esperado.
Para o café canephora, mais conhecido como conillon, a estimativa da produção foi de 1,1 milhão de toneladas, ou 17,5 milhões de sacas de 60 kg, aumentos de 1,0% em relação ao mês anterior e de 3,3% em relação a 2021.
FEIJÃO (em grão) – A estimativa da produção de feijão, considerando-se as três safras, foi de 3,2 milhões de toneladas. Essa estimativa é 0,8% maior que a do mês anterior. Nesta avaliação, as Unidades da Federação com maior participação na estimativa de produção da safra foram Paraná (25,1%), Minas Gerais (16,3%), Goiás (9,9%) e Mato Grosso (9,3%). Com relação a 2021, a estimativa da produção aumentou 14,8%.
A 1ª safra de feijão foi estimada em 1,1 milhão de toneladas, declínio de 7,5% frente à estimativa de março. A 2ª safra de feijão foi estimada em 1,4 milhão de toneladas, um aumento de 1,3% frente à estimativa de março.
Com relação à 3ª safra de feijão, a estimativa de produção foi de 692,0 mil toneladas, aumento de 16,5% frente à previsão de março.
LARANJA - A produção estimada foi de 16,3 milhões de toneladas, redução de 1,5% em relação ao mês anterior, contudo, crescimento de 2,0% em relação a 2021.
Em relação a 2021, as estimativas são de alta de 2,0% na produção; de 5,0% na área colhida e redução de 2,8% no rendimento médio. Apesar do crescimento, cabe ressaltar que nos últimos dois anos, os laranjais enfrentaram muitos problemas climáticos, o que ocasionou queda na produção. A estiagem prolongada e as geadas reduziram a produção, inibiram o crescimento das laranjas e contribuíram para o aumento da queda prematura de frutos, reduzindo a quantidade de laranjas que chegaram à colheita. Além disso, o tamanho dos frutos e a baixa qualidade do suco, também contribuem para baixar o rendimento industrial.
MILHO (em grão) – A estimativa para a produção de milho foi de 111,9 milhões de toneladas, aumento de 27,5% em relação a 2021. Após uma forte queda na produção, em 2021, efeitos do atraso do plantio e da falta de chuvas nas principais Unidades da Federação produtoras, aguarda-se um ano dentro da normalidade, notadamente durante a época de 2ª safra, que é a principal e deve responder por 77,4% da produção brasileira. A produção nacional de milho deve alcançar novo recorde nacional.
Para o milho 1ª safra, a estimativa é de uma produção de 25,3 milhões de toneladas, aumento de 2,7% em relação ao mês anterior e declínio de 1,4% em relação à safra de 2021, apesar do acréscimo de 7,2% na área a ser colhida, no comparativo anual, tendo o rendimento médio, apresentado uma redução de 7,9%. Embora as chuvas tenham chegado de forma antecipada na maior parte do País, iniciando o ano agrícola no tempo certo, a partir da segunda metade do ciclo da cultura faltaram chuvas na Região Sul, o que derrubou o potencial dessa safra.
Para o milho 2ª safra, a estimativa da produção é de 86,6 milhões de toneladas, declínio de 0,7% em relação ao mês anterior, contudo um aumento de 39,4% em relação a 2021, com crescimento de 6,4% na área plantada e de 8,4% na área a ser colhida.
SOJA (em grão) – Com a colheita praticamente finalizada nos principais estados produtores, a estimativa de produção nacional de soja, realizada no mês de abril, apresentou um incremento mensal de 2,0% no volume de grãos. Em uma safra marcada por efeitos climáticos adversos, com registro de forte estiagem durante o desenvolvimento da cultura nos estados do centro-sul do País, a produção nacional deve atingir 118,5 milhões de toneladas, o que representa uma retração de 12,2% na comparação com a obtida no ano anterior.
SORGO (em grão) – A estimativa da produção foi de 2,9 milhões de toneladas, aumento de 4,0% em relação ao mês anterior. A Região Centro-Oeste, maior produtora deste grão, com 51,9% da produção nacional, teve sua estimativa aumentada em 3,8%, liderada por Goiás, maior produtor e responsável por 43,1% do total nacional. Nesse levantamento, apresentou aumento de 4,5% na estimativa de produção em relação a março.
Em relação ao ano anterior, a estimativa da produção foi 20,7% maior, principalmente pelo crescimento de 11,6% no rendimento médio. A área a ser colhida aumentou 8,2%.
TOMATE – A estimativa da produção brasileira de tomates, em abril, para 2022, foi de 3,6 milhões de toneladas, com alta de 1,5% em relação a março. Frente a 2021, a estimativa da produção foi 7,8% menor. O excesso de chuvas prejudicou as lavouras, que foram infestadas por pragas, aumentando os custos de produção. A área plantada também reduziu 5,5% ante o ano anterior, devido aos preços pouco atrativos, contribuindo para a redução da oferta.
UVA – A estimativa da produção foi de 1,5 milhão de toneladas, crescimento de 1,2% em relação ao mês anterior, contudo declínio de 12,2% em relação a 2021. Devido aos problemas climáticos que afetaram o Rio Grande do Sul, maior produtor nacional. (Do IBGE)
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