Criada em 23/05/2018 às 16h42 | Avicultura

Por causa da greve dos caminhoneiros, frigoríficos de aves e suínos param atividades; prejuízo contínuo afirma ABPA

Associação Nacional de Proteína Animal (ABPA) monitora a situação das processadoras de carne frango e suínos. Nos dois primeiros dias de movimento oito fecharam as portas, número poderá ser maior ao final do dia. Somada aos recentes embargos da União Europeia e Rússia, crise se agrava.

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País deixou de abater 42 milhões de aves em dois dias. (Foto Agência de Notícias do Paraná)

Denise Brito
DO RIO DE JANEIRO (RJ)

Desde segunda-feira (21/5) a situação do setor de frango e suínos do país ganha gravidade com a paralisação dos caminhoneiros autônomos e interrupção do tráfego em trechos de rodovias. Sem condições de transportar o produto para cumprir as etapas de seu processo, os empresários já interromperam as atividades de oito fábricas nesta segunda e terça-feiras (21 e 22) e prometem fechar mais 40 nesta quarta-feira (23).

O levantamento foi feito na noite desta terça-feira pela ABPA - Associação Brasileira de Proteína Animal. Segundo a entidade, do total plantas fechadas, 15 são da companhia Aurora.

“É uma situação bem complicada. O processo é todo contínuo. São nada menos que 21 milhões de abates diários, ou seja, 42 milhões de aves deixaram de ser abatidas nestes últimos dois dias”, afirma o vice-presidente da entidade Ricardo Santini. “Os prejuízos têm sido contínuos, vêm desde embargos de importação por parte da Rússia e da Europa”.

Para buscar providências contra a paralisação, representantes do setor recorreram a vários ministérios como Casa Civil, Transporte, Agricultura, Justiça e mesmo ao presidente Michel Temer, a quem encaminharam uma carta. “Tivemos até agora apenas uma sinalização de que poderá haver redução da CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico)”, afirma Santini.

Os reflexos da crise de produção podem se manifestar rapidamente em escassez no fornecimento do alimento, segundo a entidade representante do setor. “Não dá para prever quantos dias será possível suportar, depende de quanto o atacado e o varejo tiverem de estoque”, diz o vice-presidente da ABPA. (Da Revista Globo Rural)

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