Daniel Machado
De Palmas (TO)
A criação de caprinos e bovinos no Tocantins poderia ser ampliada em até cinco vezes se houvesse uma política pública apropriada, incentivando a abertura de frigoríficos (ou ampliação dos já existentes para que também trabalhe com esses animais). A projeção é do advogado e produtor rural Francisco Assis que, junto com o seu pai, mantém uma criação com 600 caprinos em Pium.
Hoje, a população de caprinos do Estado é de cerca de 10 mil cabeças. Já a quantidade de ovinos fica em torno de 92 mil animais. “Claro que o Estado do Tocantins tem potencial para aumentar esse rebanho de três a cinco vezes, porque nós temos alimento em abundância. Temos uma boa uma safra tanto de milho, como de soja, temos muita área para criar ovinos e caprinos. O que acontece é que o produtor hoje tem muita dificuldade em vender. Por quê? Hoje só tem um frigorífico que abate ovino e caprino e com uma capacidade muito pequena”, salientou o produtor.
Essa situação faz com que não exista condições de se colocar no mercado uma carne inspecionada. Assim, boa parte do comércio é feito com o animal vivo e quer abater na sua própria chácara para consumo, o que reduz muito o valor agregado. “Então acho que é necessária uma política pública rápida e eficiente que possa aumentar o número de frigoríficos, principalmente e frigoríficos com selo inspeção federal, para que a carne tocantinense desses animais possa ser vendida para fora do estado e para fora do país”, frisou Francisco Assis.
No início desta semana, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, anunciou um acordo do governo brasileiro com a Arábia Saudita para exportação de carne de caprino ao país asiático. No entanto, sem frigoríficos, o Tocantins não tem como se beneficiar disso.
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