Criada em 30/10/2023 às 10h56 | Negócios

Tocantins: importações de fertilizantes em 2023 são as menores em seis anos

Os dados foram apurados e analisados pelo Norte Agropecuário no Comex Stat. Presidente da Aprosoja, Dari Fronza, destaca que números refletem situação do setor, prejudicado com baixa dos preços das commodities.

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Importações de fertilizantes em 2023 são as menores em seis anos. (Foto: Divulgação)

Daniel Machado
De Palmas (TO)

Com uma queda de 56% na comparação com o mesmo período do ano passado, as importações de fertilizantes de janeiro a setembro por parte das empresas do Tocantins alcançaram 139,2 mil toneladas. O volume é o menor para os primeiros nove meses de um ano desde 2017, quando as empresas do Estado haviam adquirido do exterior 100,5 mil toneladas.

Em dinheiro, as importações de adubo em 2023 somaram US$ 52,23 milhões (R$ 260,5 milhões na cotação desta quinta-feira, 26 de outubro). O valor em dólar é 76% inferior ao registrado de janeiro a setembro de 2022.

Os dados foram apurados e analisados pelo Norte Agropecuário no Comex Stat, sistema oficial do governo federal com informações sobre transações comerciais internacionais.

Conforme o presidente da Aprosoja-TO (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Tocantins), Dari Fronza, os números retratam o quadro que os agricultores estão passando, com os prejuízos acumulados com a redução dos preços das commodities. “Nós tivemos grandes prejuízos, principalmente na safra de milho (que ficou aquém do esperado por questões climáticas), além da baixa nos preços das commodities, tanto da soja, quanto do milho. Isso ocasionou com certeza essa redução na compra de adubos”, frisou Fronza.

Para ele, o indicador da redução da importação de adubo reflete perfeitamente a situação atual. Conforme Fronza, dados do Serasa mostram o Tocantins com o segundo maior índice de inadimplência na agricultura, só atrás do Pará.

Os dois fatores, de acordo com o presidente da Aprosoja, são interligados e mostram a dificuldade financeira dos produtores rurais que estão reduzindo investimentos. Com isso, a colheita futura deve ser menor, com redução significativa da produtividade.

Clique aqui e ouça reportagem completa sobre o assunto, com a análise de Dari Fronza na íntegra.

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