Criada em 11/11/2022 às 09h48 | Exportações

Exportações de carne do Tocantins já ultrapassam as 85 mil toneladas em 2022

Em dinheiro, negócios somam mais de US$ 500 milhões; gerente da Seagro enaltece números e projeta mais mercados com novo status de livres de aftosa sem vacinação. Para a gerente de Pecuária da Seagro, Mara Luce Borges Leal, os ótimos números refletem o bom trabalho dos produtores rurais.

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Para a gerente de Pecuária da Seagro, Mara Luce Borges Leal, os ótimos números refletem o bom trabalho dos produtores rurais. (Foto: Divulgação)

Daniel Machado
De Brasília (DF)

Impulsionadas pelo comércio com a China, principal parceiro comercial do Brasil e do Tocantins, as exportações de carne bovina do Estado alcançaram 85,8 mil toneladas de janeiro a outubro de 2022. O volume é 30% superior ao apurado no mesmo período do ano passado.

Em dinheiro, as vendas externas de carne já totalizam US$ 505 milhões (mais de R$ 2,6 bilhões), um aumento de 58% na comparação com os primeiros dez meses de 2021. Os dados foram apurados e analisados pelo Norte Agropecuário no Comex Stat, sistema oficial de transações comerciais internacionais.

Para a gerente de Pecuária da Seagro (Secretaria de Agricultura, Pecuária e Aquicultura do Estado), Mara Luce Borges Leal, os ótimos números refletem o bom trabalho dos produtores rurais, com melhora genética e de produtividade. “O Tocantins está engajado na melhoria do seu rebanho. Os produtores estão cada vez mais se profissionalizando, buscando um rebanho melhorado e com mais produtividade, o que torna a carne produzida de boa qualidade e precocidade, fazendo o mercado ter interesse maior pelos nossos produtos”, destaca Mara Luce.

Ela completa que os problemas dos rebanhos ao redor do mundo resultaram em uma forte alta dos preços internacionais da carne bovina e o Tocantins aproveitou o momento alavancando suas exportações. “O Tocantins foi favorecido com a China pagando preços bastante acentuados no decorrer do primeiro semestre, chegando a US$ 7,3 mil a tonelada de carne bovina em junho. No ano, a média dos preços pagos por importadores chineses foi de US$ 6,7 mil por tonelada, enquanto os demais importadores de carne bovina pagaram em média US$ 5.9 mil por tonelada, o que justifica este valor alcançado”, detalha a gerente.

De tudo que o Tocantins vendeu de carne bovina para o exterior, 72% tiveram como destino a China continental. Por isso, Mara Luce destaca a importância desse mercado para o Estado e para a pecuária.

“A China é um importante mercado, tanto para o Brasil como para o Tocantins, e seguirá como grande importador de proteína animal. Porém, as perspectivas apontam que possivelmente estas compras sejam menos consideráveis na comparação com os últimos anos. Então se faz necessário a busca de novos mercados para a carne produzida no. Uma melhor distribuição, buscando abrir novos mercados se faz necessário, todavia, mantendo uma boa relação com a China”, frisa a gerente, ao fazer a ressalva da necessidade de se aumentar a quantidade de parceiros comerciais.

Reconhecimento de novo status pode alavancar negócios

A gerente de pecuária projeta que o Tocantins tem um horizonte muito positivo para as exportações de carne com a futura classificação de zona livre de febre aftosa sem vacinação. “Com certeza novos mercados que poderão se abrir para o Tocantins quando o status for confirmado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). A certificação, quando obtida, representará um selo ao mundo da capacidade do Estado em combater doenças emergenciais. Países como Japão, Coreia do Sul e Canadá, que são mercados importantes e que remuneram melhor, vão poder comprar do Estado”, salientou Mara Luce.

Por fim, ela ressalta que o compromisso do produtor tem que ser maior, mantendo seu cadastro atualizado e notificando casos suspeitos de forma imediata.

Principais números das exportações de carne de janeiro a outubro de 2022

Volume: 85,8 mil toneladas (aumento de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior)
Valores: US$ 505 milhões (58% a mais do que no mesmo período do ano passado)

Principais compradores

China - 72%
Rússia - 6%
Estados Unidos - 5%

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