Criada em 20/10/2023 às 10h59 | Exportações

Exportações de algodão do Tocantins crescem em 2023

Estado registra maiores valores e volume da história para a fibra nos primeiros nove meses do ano. Doutor em Produção Vegetal e pesquisador da Embrapa Tocantins Valdinei Sofiatti, comenta cenário.

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Para o doutor em Produção Vegetal e pesquisador da Embrapa Tocantins Valdinei Sofiatti, as exportações de algodão foram elevadas porque o Estado segue aumentando a produtividade média e a área cultivada. (Foto: Divulgação)


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Daniel Machado
De Palmas (TO)

As exportações de algodão do Tocantins de janeiro a setembro são as maiores da história para os primeiros nove meses de um ano. Conforme apuração do Norte Agropecuário no Comex Stat, sistema oficial do governo federal com informações sobre transações internacionais, o Estado vendeu nestes primeiros três trimestres de 2023 3,8 mil toneladas da fibra por US$ 7,2 milhões (R$ 36,22 milhões).

Na comparação com o mesmo período de 2022, o crescimento em dinheiro ficou em 11%. Já em volume o aumento chegou a 26%. O dado negativo fica para o preço médio pago por quilo de algodão exportado que caiu de US$ 2,16 em 2022 para US$ 1,89 agora – diminuição de 14%.

Para o doutor em Produção Vegetal e pesquisador da Embrapa Tocantins Valdinei Sofiatti, as exportações de algodão foram elevadas porque o Estado segue aumentando a produtividade média e a área cultivada, mesmo que de uma forma ainda contida. “O que que acontece com a área é que o crescimento depende do preço das demais commodities. Então, o milho que é cultivado em segunda safra e o algodão também em partes aqui no Tocantins é cultivado em segunda safra. O milho tinha um preço elevado até a safra passada. Agora os preços do milho no mercado internacional caíram e isso abre a oportunidade para aumentar a área do algodão”, ressalta o especialista.

Sofiatti destaca que embora o preço do algodão também tenha como os demais commodities, a queda foi menor em relação a outros produtos. “Então essa é uma vantagem para aumentar o plantio do algodão”, frisa.

Atualmente, de acordo com o pesquisador, o algodão está sendo cultivado em três regiões do Tocantins: Aparecida do Rio Negro, Campos Lindos e divisa com a Bahia. Nesta última, as áreas seguem o mesmo clima do Oeste da Bahia e a fibra é plantada na primeira safra. Nas regiões restantes, o plantio é de segunda safra e o algodão funciona como um competidor do milho e outras culturas.

Conforme projeção da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a área total de algodão no Estado na safra 2023/24 deve ficar em 7,6 mil hectares, o que deve gerar cerca de 13,6 mil toneladas de algodão pluma.

Bangladesh é o principal comprador do Tocantins

Como acontece historicamente, Bangladesh segue sendo o maior comprador da fibra tocantinenses, aportando 56% do total de valores arrecadados com a exportação de algodão. O país asiático possui mais de 169 milhões de habitantes e tem na indústria têxtil uma de suas principais atividades econômicas.

Na segunda colocação, vem a Turquia, com 18%. Na terceira posição está o Paquistão, com 9%. Em menor quantidade, Malásia, Indonésia, Vietnã, Coreia do Sul e China também compraram algodão tocantinense em 2023.

Clique aqui e ouça reportagem sobre o tema.

Confirma, abaixo, os números das exportações de algodão de janeiro a setembro:

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