Criada em 11/04/2023 às 08h56 | Grãos

Tocantins está consolidado e volume de milho vendido para fora do país surpreende, destaca especialista

Especialista Corombert Leão de Oliveira, avalia que os números das exportações do primeiro trimestre do Tocantins mostram o Estado consolidado como um player nas vendas externas. Ele destaca também que o volume de milho exportado para o primeiro semestre surpreende de forma muito positiva.

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Especialista Corombert Leão de Oliveira, destaca que o volume de milho exportado para o primeiro semestre surpreende de forma muito positiva. (Foto: Divulgação)

Daniel Machado
De Brasília (DF)

Engenheiro agrônomo, professor, consultor e diretor de sustentabilidade da Seagro (Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e aquicultura do Tocantins), Corombert Leão de Oliveira avalia que os números das exportações do primeiro trimestre do Tocantins mostram o Estado consolidado como um player nas vendas externas de grãos e carne. Além disso, o volume de milho exportado para o primeiro semestre surpreende de forma muito positiva, mostrando, segundo ele, que a safra de 2002 do cereal deve ter sido maior que o projetado.

Conforme o Norte Agropecuário mostrou, as exportações do Tocantins de janeiro a março de 2023 têm excelentes números e alcançaram US$ 415,9 milhões (R$ 2,1 bilhões). O valor é o segundo maior da história para o período, perdendo apenas para o ano passado, que foi atípico por causa da colheita antecipada da soja, principal ativo agropecuário do Estado.

“Novamente temos boas notícias aqui. O Tocantins, como já mencionei, se consolidou como um player de exportação de grãos e carne. Realmente é uma boa notícia essa. A exportação principalmente no primeiro trimestre no caso de milho ela gerou algumas dúvidas não em relação aos países que que importaram novamente a Ásia foram os grandes importadores de milho. Tanto o Japão, quanto a Coréia do Sul, foram os maiores importadores de milho. O que me espanta é o volume já que em 2022 nós exportamos quase a totalidade do que nós produzimos. Assim, ou nós ainda estamos com o milho da safra 2021 ou produzimos mais do que as colocaram como área e como volume. Talvez a média tenha sido maior ou talvez as áreas tenham sido maiores do que a mencionada nas estatísticas oficiais”, ressaltou.

Os números de milho, realmente, estão muito acima de qualquer registro histórico para o período. Terceiro maior ativo agropecuário tocantinense, o cereal alcançou resultados sem precedente para um trimestre inicial, com 298,7 mil toneladas exportadas por US$ 89,9 milhões. A quantidade é quase dez vezes maior que o registrado de janeiro a março de 2022, enquanto em dinheiro o crescimento em dinheiro ficou em quase 1.300%.

Em valores gerais de todas as exportações, o Tocantins registrou uma queda de 17% na comparação com o mesmo período do ano passado – US$ 415,9 milhões agora contra US$ 501,7 milhões de janeiro a março do ano passado. Corombert Oliveira, porém, ressalta que isso não é tão relevante, pois a flutuação do mercado e do dólar provocam oscilações. “Os países asiáticos, a Europa, América do Norte e consomem muita proteína animal. No caso deles não é o bovino, como no Brasil, e sim suíno, aves e até carne de carneiro. Os ovinos, os suínos consomem um volume muito grande de alimentação para criação e então essa demanda por milho e soja deve continuar já que países tradicionalmente produtores não estão não estão crescendo a sua área plantada, nem a sua produção e muito menos a sua produtividade, diferente do Brasil que continua aumentando a sua produtividade e ampliando a sua área plantada nas áreas de pastagem, agora nas áreas degradadas”, salientou o especialista.

Clique aqui e ouça a análise completa de Corombert Leão de Oliveira.

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