Elmiro de Deus
De Palmas (TO)
Na abertura do seminário estadual da Apicultura e Meliponicultura, iniciado na tarde desta quarta-feira, 19, no auditório Cuíca, na Universidade Federal do Tocantins (UFT), especialistas apontaram os desafios e as potencialidades para o crescimento da produção de mel no Tocantins. O evento com a participação de 250 pessoas, entre produtores de mel, acadêmicos e técnicos encerra nesta quinta-feira, 20.
Em sua fala, o secretário-Executivo da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), Adenieux Santana, explicou que a atividade apícola é de suma importância social. “Além da produção do mel na segurança alimentar, auxilia também na polinização das plantas, empregabilidade e geração de renda, principalmente para os agricultores familiares”, ressaltou.
De acordo com o presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), Washington Ayres, " o evento promove um debate de grande relevância para o bioma do Cerrado uma vez que a atividade de Apicultura desponta-se como fonte de renda para pequenos produtores, e é considerada solução para recuperar biomas degradados," disse.
O palestrante e professor da Universidade Federal do Piauí, Darcet Costa, proferiu a palestra “Cenário e Perspectiva da Apicultura Brasileira, apontou os entraves e o potencial, mostrando dados da evolução da produção de mel. “Nos últimos anos, o Brasil cresceu muito em investimento na comercialização de produtos apícolas, além do consumo interno passamos a exportar para outros países, isso demonstra que há uma grande demanda mundial, ou seja, mercado aberto para investimento neste segmento”, detalhou.
Para o presidente da Federação da Apicultura Tocantinense (Fetoapi), José Newton, o segmento da produção apícola é otimista, apesar dos desafios enfrentados. “A Instituição busca sempre força e união entre os produtores e interessados para que possamos alcançar uma apicultura que gere negócios no Tocantins”, frisou.
Produtores
O produtor de mel no município de Conceição do Tocantins, região sudeste do Estado, Zilmar Bandeira Guedes acredita que a produção de mel é uma atividade promissora. Ele iniciou em 2016 na implantação em dois apiários, totalizando 14 caixas de coletas de mel, sendo abelha de ferrão. “Eu busquei informações e percebi que é um negócio lucrativo e, nossa região é propícia a essa atividade, a minha intenção é chegar as 30 caixas de coletas de mel”, explicou.
Já o apicultor, Antônio Manuel da região de Araguaína, iniciou a produção com 25 apiários, num total de 200 caixas coletoras de mel. Atualmente, a atividade gera em torno de 70% da sua renda familiar. “Como percebo que é um negócio lucrativo, pretendo ampliar para chegar em torno de 500 caixas coletoras de mel”, explicou.
Dia 20
Nesta quinta-feira, 20, de 8h as 12h, a programação continua com oficinas voltadas para, transferência e divisão de exames; uso de produtos melíferos para a produção de sabonetes; apicultura e agricultura, uma parceria possível para garantia de segurança alimentar e polinização dirigida, sendo a abelhas sem ferrão.
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