Criada em 26/08/2022 às 09h20 | Meio Ambiente

Preocupada com risco de incêndios, Embrapa Pecuária Sudeste apresenta plano de prevenção e combate a novos focos

Após o incêndio que atingiu a fazenda em setembro de 2021 e queimou mais de 900 hectares da área, incluindo pastagem e reserva florestal, a gestão do centro de pesquisa incorporou uma série de medidas mais rigorosas.

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Incêndio na Embrapa Pecuária Sudeste em setembro de 2021. (Foto: Divulgação)

O período de estiagem vai até outubro e o risco de incêndios nesta época é sempre elevado. Para prevenir e combater possíveis focos, a Embrapa Pecuária Sudeste, de São Carlos (SP), divulga à comunidade da região o Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF).

O documento apresenta os procedimentos de resposta a situações emergenciais com potencial de causar queimadas tanto dentro quanto fora dos limites da instituição. Além disso, define as atribuições e responsabilidades para otimizar o pronto atendimento às emergências, por meio de ações rápidas e seguras, com o objetivo de minimizar os danos às pessoas, ao patrimônio e ao meio ambiente.

Após o incêndio que atingiu a fazenda em setembro de 2021 e queimou mais de 900 hectares da área, incluindo pastagem e reserva florestal, a gestão do centro de pesquisa incorporou uma série de medidas mais rigorosas.

Anualmente, a Embrapa Pecuária Sudeste faz a manutenção dos aceiros, localizados em torno de todo o perímetro da fazenda, ao redor das áreas de conservação e ao longo de áreas de pastagens. Os aceiros são inspecionados periodicamente e mantidos com no mínimo 15 metros de largura. A empresa possui Brigada de Incêndio própria, mantendo os brigadistas atualizados. O último treinamento foi organizado em novembro e o próximo já está agendado.

É realizado mapeamento de áreas de risco para incêndios. A partir de estações meteorológicas, um banco de informações com gráficos e mapas de regime de chuvas identificam os períodos com restrição hídrica, que constituem as épocas de maior risco de incêndios.

No decorrer de 2021 e 2022, foram organizadas campanhas internas de sensibilização e de mobilização de voluntários. De acordo com Marco Aurélio Bergamaschi, chefe administrativo, a ideia é que mais empregados façam parte da Brigada e estejam habilitados para ajudarem quando houver necessidade. Também foram adquiridos novos equipamentos, abertos mais aceiros e instaladas câmeras de monitoramento nas imediações da estrada vicinal que dá acesso à empresa.

Em relação ao enfrentamento de possíveis incidentes ainda neste ano, Bergamaschi afirmou que os treinamentos serão intensificados e garantiu que a Embrapa está comprometida na prevenção e alerta para possíveis focos de incêndio. Segundo ele, o plano contribui para isso, porque detalha todos os procedimentos a serem tomados em eventuais ocorrências. "Infelizmente, nós não vamos ficar sem incêndio; isso demandaria a reeducação de uma geração toda, da população", alertou, já que a maioria das queimadas registradas não foi causada por fenômeno natural, mas por ação humana. (Da Embrapa)

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