Criada em 24/07/2018 às 11h23 | Agronegócio

Embaixador da China cobra investimentos em infraestrutura e armazenamento para melhorar relação comercial com Brasil

“A China é um grande comprador de produtos agrícolas e o Brasil um grande fornecedor. Os dois países precisam assumir o protagonismo nas negociações do agronegócio mundial”, afirmou Li Jinzhang, durante discurso em fórum mundial que reuniu líderes do agronegócio em São Paulo.

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Li Jinzhang comentou a guerra comercial com EUA: “China e Estados Unidos são dois importantes parceiros comerciais do Brasil. É uma tolice pensar que nós podemos tirar vantagem desta rivalidade” (foto: Agência Brasil/Arquivo/Divulgação)

Segundo o embaixador da República Popular da China, Li Jinzhang, os dois países – Brasil e China- são parceiros comerciais naturais. Em 2017, a China comprou US$ 23 bilhões de produtos agrícolas do Brasil. Para citar alguns: 50 milhões de toneladas de soja e um pouco mais de 560 mil toneladas de carne bovina. “A China é um grande comprador de produtos agrícolas e o Brasil um grande fornecedor. Os dois países precisam assumir o protagonismo nas negociações do agronegócio mundial”, sugeriu o embaixador durante o Global Agribusiness Forum 2018, que acontece até amanhã, 24 de julho, em São Paulo-SP.

Em seu pronunciamento ele ainda propôs elevar a relação comercial entre Brasil e China. Mas para isso recomenda que o Brasil acelere os investimentos em infraestrutura logística e no sistema de armazenamento. Ainda sugere diversificar a pauta de exportações e cita produtos como o algodão e o café como novas oportunidades de crescimento.

Apesar das vantagens competitivas que a China oferece ao Brasil, tomar partido por algum lado nesta guerra comercial parece ser um grande erro. Foi o que disse o presidente da Apex do Brasil, Roberto Jaguaribe. “China e Estados Unidos são dois importantes parceiros comerciais do Brasil. É uma tolice pensar que nós podemos tirar vantagem desta rivalidade”, declarou.

Jaguaribe defende o livre comércio, mas não acredita que o protecionismo, especialmente, no setor agrícola vai mudar. Já a presidente da União da Indústria de Cana de Açúcar, Elizabeth Farina, defende que o mercado precisa trabalhar com a realidade e criar um conjunto de regras para proteger o mercado brasileiro. “Estamos sofrendo ataques ideológicos e precisamos melhorar o nível de comunicação do setor com informações embasadas em aspectos técnicos”, conclui Farina. (Do Global Agribusiness Forum)

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