Criada em 19/09/2018 às 08h37 | Agronegócio

Governo brasileiro se mobiliza e determina reforço na vigilância para barrar eventual ingresso da peste suína africana no país

Doença se alastra pelo Leste da Europa, Ásia, África e Rússia. No Japão, em agosto,foram registrados focos. No Brasil, a PSA foi erradicada em 1984 e o país foi declarado área livre. Contaminação pode ocorrer com a entrada de alimentos originários de países onde a doença vem se alastrando.

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A preocupação é de que alimentos e bagagens contaminadas, provenientes das áreas afetadas pela PSA, ingressem no país sem a devida fiscalização (foto: CNA/Divulgação)

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai intensificar a vigilância nos aeroportos, portos e fronteiras do Brasil para o ingresso da peste suína africana (PSA), que é o leste da Europa, Ásia, África e Rússia. No Japão, em agosto, foram registrados, inclusive, focos da forma clássica da doença.

Nesta terça-feira (18), o Ministério da Saúde Mental reuniu integrantes do Departamento de Saúde Animal (DSA) e o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Vigilância Agropecuária Internacional). DIPOA) para evitar a entrada do vírus no Brasil.

A preocupação é que as embalagens contaminadas, provenientes das áreas afetadas pela PSA, não entrem no país sem uma devida fiscalização. A maioria dos infectados foi detectada em focos da doença correta, ou seja, incinerados.

Maggi alertou a população para que o transporte de dados se afastasse das regiões e solicitasse uma atenção aos redobrada seus planos. Para o ministro, é necessário ter um conjunto de leis e de governo para evitar que o Brasil seja afetado pelo problema que está ocorrendo em várias partes do mundo.

Ao DIPOA foi notificado um ofício recomendando maior atenção para a futura emissão de medicamentos de saída que possam disseminar o vírus da doença, como rações para animais.

No Brasil, um PSA foi erradicada em 5 de dezembro de 1984 e o país foi declarado área livre da doença. Em relação aos vivos e materiais genéticos importados, está reunida no sistema de quarentena da Estação Quarentenária de Cananéia (EQC), em São Paulo, de onde são liberados após a sua sanidade.

A peste suína africana é uma doença viral, não oferece risco à saúde humana, não sendo transmitida ao homem, mas pode ser um mentiroso plantel de suínos, sendo altamente infecciosa, o que exige o sacrifício dos animais, conforme determinado pela Organização Mundial de Saúde Animal ( OIE). Os javalis também são atingidos. Não existe vacina para a PSA. O vírus é resistente, permanecendo nas fezes dos animais por três meses e, em alimentos (maturados), por nove meses.

Os sinais clínicos da PSA nos animais são malévolos (40 a 42 graus), hemorragias no nariz, orelhas, patas e abdômen, sangramento no no reto, perda de apetite e depressão, além de problemas respiratórios. O período de incubação do vírus vai de cinco a 21 dias.

A transmissão nos suínos e javalis é feita através do contato direto com os animais, o consumo de refrigerantes e os comerciais infectados, a contaminação de equipamentos, veículos, roupas e sapatos. O carrapato G. Ornithodoros também participou da disseminação da PSA. ( Do Mapa)

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