Criada em 16/06/2017 às 18h13 | Agronegócio

Com 288.214 animais, abate de bovinos do Tocantins cresce 10,6% no trimestre; é o segundo melhor resultado entre os Estados

Foram, ao todo, 288.214 cabeças de gado no trimestre. Já em termos de peso o aumento foi de 9,8% no período. O resultado aponta que no primeiro trimestre deste ano o volume abatido no Tocantins foi de 93.358 toneladas. Já em 2016, neste período, foram 63.188 toneladas.

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Em todo o Brasil foram abatidas 7,37 milhões de cabeças de bovinos, aponta IBGE (foto: Delfino Miranda\Secom)

Stival: "Pois as indústrias vêm trabalhando neste objetivo há vários anos" (foto: Divulgação)O abate de bovinos cresceu 10,6% no Tocantins no primeiro trimestre deste ano, revela levantamento divulgado nesta semana pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Conforme o estudo,  foram abatidos 288.214 animais no Estado neste ano. No mesmo período do ano passado o levantamento indica que foram abatidos 260.688 animais. Com 27 mil cabeças de gado a mais em relação ao ano passado, o Tocantins obteve o segundo melhor resultado na comparação entre os anos no período.

Já em termos de peso o aumento foi de 9,8% no período. O resultado aponta que no primeiro trimestre deste ano o volume abatido no Tocantins foi de 93.358 toneladas. Já em 2016, neste período, foram 63.188 toneladas.

Conforme o IBGE, em nível nacional, no primeiro trimestre de 2017 foram abatidas 7,37 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 0,5% menor que a registrada no trimestre imediatamente anterior e 0,7% maior que a apurada no 1º trimestre de 2016.

RESULTADO SURPREENDENTE

Para o presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Carnes Bovinas, Suínas, Aves, Peixes e Derivados (Sindicarnes/TO), Oswaldo Stival Junior, o resultado é surpreendente. “Resultado realmente surpreendente, pois as indústrias vêm trabalhando neste objetivo há vários anos”, disse.

Segundo ele, a expectativa é que o Tocantine feche o ano com abate de mais de 1 milhão de cabeças. “Nossa capacidade instalada de abate no Tocantins é de 2.000.000 de cabeças/ano e em 2016 só abatemos por volta de 900.000 cabeças. Já em 2017 as indústrias devem abater mais de 1.000.000 cabeças um crescimento natural do Agronegócio já que com a melhora do câmbio exporta-se mais”, explicou.

Os números reforçam a expectativa positiva do setor, apesar dos reflexos da operação Carne Fraca. “[O ano de] 2017 mostra sinal da vontade de empreender do setor, sempre tentando alavancar o desenvolvimento do agronegócio no Tocantins e  buscando sempre a transformação por meio da industrialização, fazendo a parte que nos cabe dentro do desenvolvimento do Estado”, finalizou.

RESULTADO DO PAÍS

O abate de 49,62 mil cabeças de bovinos a mais no primeiro trimestre de 2017, em relação ao o mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 11 das 27 unidades da federação (UFs). Os aumentos mais intensos ocorreram em Goiás (+97,26 mil cabeças), Tocantins (+27,53 mil cabeças), Rondônia (+25,43 mil cabeças), Pará (+16,72 mil cabeças) e Bahia (+15,67 mil cabeças). Já as maiores reduções ocorreram em São Paulo (-63,92 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-15,93 mil cabeças), Paraná (-15,06 mil cabeças), Maranhão (-12,9 mil cabeças) e Espírito Santo (-11,85 mil cabeças). Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 15,2% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,5%) e Goiás (10,1%).

RESULTADOS DO LEITE

Outro dado importante no levantamento foi o resultado do Tocantins na produção de leite. No primeiro trimestre deste ano o Tocantins adquiriu 34.715 mil litros de leite, 11,4% a mais que no mesmo período do ano passado o resultado foi 31.154 mil litros.

Também houve crescimento de 11,4% na industrialização de leite. Em 2017 foram industrializados 34.707 mi litros de leite no Estado. No primeiro trimestre de 2016, foram 31.148 mil litros.

Em nível nacional, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 5,87 bilhões de litros. Esse volume foi 5,9% menor que o registrado no trimestre imediatamente anterior e 0,1% maior que o alcançado no 1º trimestre de 2016.

A aquisição de 7,87 milhões de litros de leite a mais em nível nacional no 1º trimestre de 2017 em comparação com igual período do ano anterior foi impulsionada por aumentos em 14 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Os aumentos mais intensos foram verificados em São Paulo (+60,79 milhões de litros), Pará (+16,40 milhões de litros), Rio de Janeiro (+14,69 milhões de litros), Goiás (+14,02 milhões de litros) e Paraná (+13,10 milhões de litros). Enquanto, as maiores reduções ocorreram em Minas Gerais (-70,90 milhões de litros), Rio Grande do Sul (-18,06 milhões de litros), Espírito Santo (-11,30 milhões de litros), Mato Grosso (-10,41 milhões de litros) e Mato Grosso do Sul (-10,10 milhões de litros).

Minas Gerais continua liderando amplamente a aquisição de leite, com 25,8% da aquisição nacional, seguido por Rio Grande do Sul (13,5%) e Paraná (11,7%).

AQUISIÇÃO DE COURO

No 1º trimestre de 2017, os curtumes alvos da Pesquisa Trimestral do Couro declararam ter recebido 8,25 milhões de peças inteiras de couro cru de bovinos. Essa quantidade foi semelhante a registrada no trimestre imediatamente anterior e 1,7% menor que a apurada no 1º trimestre de 2016.

A aquisição de 140,27 mil peças inteiras de couro cru a menos, em nível nacional, no comparativo dos 1os trimestres 2017/2016, foi impulsionada por reduções em 12 das 21 Unidades da Federação participantes da Pesquisa. As reduções mais intensas ocorreram em Rio Grande do Sul (-204,59 mil peças), Tocantins (-159,47 mil peças) e Minas Gerais (-34,59 mil peças). Já os maiores aumentos ocorreram em Goiás (+104,98 mil peças), Pará (101,51 mil peças) e Mato Grosso (51,46 mil peças).

Mato Grosso continua liderando a recepção de peles bovinas pelos curtumes, com 17,1% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (13,2%) e São Paulo (10,9%). (Da Redação do Norte Agropecuário, com informações da Agência IBGE)

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