Criada em 16/07/2018 às 10h36 | Grãos

Consumo chinês deve recuar, mas outros países podem aumentar compras de soja; Brasil seguirá líder nas exportações

A maior demanda, por sua vez, elevou os prêmios de soja, sustentando os preços da soja no mercado brasileiro, conforme apontam dados do Cepea. Com a valorização do grão, indústrias brasileiras relatam dificuldades nas aquisições, limitando o volume de esmagamento.

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A demanda mundial por soja está crescente, segundo afirmam pesquisadores do Cepea. Embora a China tenha anunciado possível redução nas importações de soja na temporada 2017/18 (o USDA indicou recuos de 7,77% frente ao estimado em junho e de 2,06% na comparação com o volume importado na safra passada), outros países tendem a elevar as importações. 

Assim, o Brasil pode continuar na liderança das exportações globais da oleaginosa. A maior demanda, por sua vez, elevou os prêmios de soja, sustentando os preços da soja no mercado brasileiro, conforme apontam dados do Cepea.

Com a valorização do grão, indústrias brasileiras relatam dificuldades nas aquisições, limitando o volume de esmagamento. Consequentemente, houve redução na oferta dos derivados, em um cenário de dificuldade na transação de produtos de um estado para o outro, visto que ainda não foi definida a tabela de frete mínimo.

PREÇOS DO MILHO

O Cepea tem verificado que os preços passaram a registrar movimentos distintos dentre as regiões acompanhadas, refletindo oferta e demanda regionais. No Paraná e no Centro-Oeste, por exemplo, a colheita segue firme, pressionando os valores do milho.

Já na região Sudeste, as atividades de campo ainda estão lentas e, com isso, em São Paulo, importante praça consumidora, os preços têm subido em alguns dias. Em Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa avançou 1,33% entre 6 e 13 de julho, fechando a R$ 36,70/sc de 60 kg na sexta-feira, 13.

No contexto geral, no entanto, o que se observa é o produtor limitando a disponibilidade do cereal e o comprador retraído, à espera de novas baixas com o avanço da colheita.

RESULTADOS DA MANDIOCA

A oferta de mandioca seguiu limitada na semana passada em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Esse cenário se deve à baixa disponibilidade de raízes para comercialização e ao fato de produtores postergarem a colheita, por causa do clima seco ou por priorizarem o preparo do solo para o plantio da safra 2018/19.

Por outro lado, a demanda industrial continuou aquecida, em função da necessidade de reposição de estoques por uma parte das empresas com pedidos a serem entregues. Neste cenário, os preços da mandioca seguem em alta.

Entre 9 e 13 de julho, a média nominal a prazo para a tonelada posta fecularia foi de R$ 449,21 (R$ 0,7812 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg) aumento de 3,1% na comparação com a semana anterior. (Do Cepea)

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