Cocamar expande suas operações pelo oeste paulista

A paranaense Cocamar Cooperativa Agroindustrial, uma das maiores em seu setor no país, está presente desde 2012 na região oeste paulista, ano em que abriu sua primeira unidade para comercialização de insumos agropecuários, em Presidente Prudente. Depois dela, vieram as de Iepê, Cruzália, Maracaí e Palmital. Numa segunda etapa, foram inauguradas lojas em parceria com a Syngenta em Itapeva, Itaberá e Buri, no sudoeste. Por fim, em fevereiro deste ano, a cooperativa iniciou a operação da ampla estrutura operacional de Mirante do Paranapanema, que demandou R$ 31 milhões em investimentos e, no segundo semestre, projeta entregar a que está construindo em Palmital, às margens da Rodovia Raposo Tavares, com inversões da ordem de R$ 60 milhões.

Oportunidade

Depois de faturar R$ 9,6 bilhões em 2021, com quase uma centena de unidades operacionais e de comercialização de insumos que atendem a mais de 16 mil produtores nos estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, a Cocamar olha para a agropecuária do oeste paulista como uma grande oportunidade para participar de seu desenvolvimento. Assim que instalou-se em 2012, em Presidente Prudente, a cooperativa começou a divulgar entre os produtores o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), da qual é uma das protagonistas no país. A incorporação de pastos degradados à moderna agricultura de grãos tem avançado na região com o apoio técnico da cooperativa, trazendo mais renda aos produtores. Os pastos são reformados com soja, no verão, plantando-se capim braquiária em seguida, vegetação essa que vai reestruturar o solo e alimentar o rebanho no inverno, aumentando a sua produtividade. “É um modelo inovador e sustentável que está revolucionando a agropecuária brasileira”, afirma o presidente do Conselho de Administração da Cocamar, Luiz Lourenço. Segundo ele, a ILPF cai como uma luva no oeste paulista, pois além de potencializar a pecuária, gera renda com a soja, equilíbrio financeiro às propriedades e propicia uma renda adicional com a implantação de florestas intercalares de eucaliptos, cujo sombreamento proporciona conforto térmico aos animais.

Renovação de canaviais - “Viemos para fazer a diferença no oeste paulista”, proclamou Lourenço na inauguração em Mirante do Paranapanema, uma unidade estratégica para outro projeto de características inovadoras que a Cocamar implementa desde 2019 em vários municípios da região: a renovação, com soja, de áreas de renovação de canaviais, iniciativa que é mantida em parceria com três usinas.

Tudo começou em 2019, num projeto piloto em parceria com a Cocal, sediada no município de Paraguaçu Paulista, em 5 mil hectares. Segundo Lourenço, a cooperativa faz a ponte entre as usinas e seus cooperados, sendo as terras distribuídas entre eles. “É uma oportunidade para que os cooperados façam a expansão de seus cultivos, inserindo os filhos na atividade”, explica o dirigente, lembrando que os produtores selecionados são de origem paranaense e paulista. Assim, a cooperativa e as usinas desbravam uma nova fronteira agrícola, em que a primeira fornece os insumos necessários, presta assistência técnica nas lavouras e garante o recebimento de toda a produção. As usinas cedem as terras em sistema de meiosi e as recebem de volta refertilizadas, o que aumenta a produtividade dos canaviais. Ou seja, todas as partes só têm a ganhar com isso.

Dos 5 mil hectares iniciais, o programa foi ampliado para mais de 30 mil no ciclo 2021/22, cuja colheita já está em andamento, e com a participação de outras duas usinas. “A tendência é continuar crescendo”, pontua Lourenço, lembrando que antes de Mirante do Paranapanema as safras eram entregues pelos produtores em Cruzália, Maracaí e Iepê. Agora, ficou mais perto de grande parte deles.

Apoio

A presença da Cocamar na região visa a apoiar, também, muitos produtores que, por conta própria, têm adquirido ou arrendado terras no oeste paulista, para investir no plantio de grãos. “A existência por perto de uma estrutura de uma cooperativa forte é um incentivo para eles”, acrescenta o presidente do Conselho, enfatizando não ter dúvida quanto a um futuro próspero para os municípios e a economia regional. (Da Assessoria)