Criada em 03/03/2018 às 16h46 | Agronegócio

Censo Agro entra na reta final da coleta de dados; 4.918.593 imóveis rurais foram vistoriados, diz IBGE

Em março, começa a segunda fase, de apuração e crítica dos dados. Enquanto isso, a coleta continua em regiões afetadas por fatores climáticos e em locais de difícil acesso.

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A coleta já foi realizada em 4.918.593 estabelecimentos rurais do Brasil (foto: Agência Brasil/IBGE/Divulgação)

O IBGE completou em fevereiro a primeira etapa do Censo Agro 2017 com 93,6% da coleta realizada e 4.918.593 estabelecimentos agropecuários recenseados. Em março, começa a segunda fase, de apuração e crítica dos dados. Enquanto isso, a coleta continua em regiões afetadas por fatores climáticos e em locais de difícil acesso.

Para o presidente do IBGE, Roberto Luis Olinto Ramos, a meta inicial foi atingida, uma vez que os cerca de 19.000 recenseadores envolvidos na operação censitária visitaram 7.2 milhões de endereços, quase dois milhões a mais que o previsto, para identificar a existência ou não dessas propriedades.

Essa diferença ocorre porque o cadastro de propriedades vai sendo atualizado à medida que os recenseadores vão percorrendo o país. Eles excluem os endereços não caracterizados como estabelecimentos agropecuários e incluem outros que foram identificados durante a coleta.

“Nosso objetivo inicial foi atingido. Tanto é assim que o cronograma de divulgação dos primeiros resultados está mantido para o mês de julho”, disse Ramos.

ÁREAS AFETADAS POR CHUVAS

Ele esclarece que ainda não é possível afirmar se houve uma alteração significativa no número de estabelecimentos em relação ao Censo Agro realizado em 2006. “Passamos agora por uma fase de ajuste fino, com a apuração dos dados coletados e a crítica deles”, afirmou o presidente do IBGE.

“Além disso, a coleta ainda permanece em algumas regiões, especialmente aquelas onde fatores climáticos afetaram seu andamento e nas áreas de difícil acesso, o que já era esperado pelo IBGE”.

A crítica dos dados é uma análise sobre a coerência entre as informações coletadas. Em alguns casos, é preciso voltar ao estabelecimento e reaplicar o questionário.

Segundo o gerente do Censo Agropecuário, Antônio Florido, as unidades da federação mais afetadas pelos fatores climáticos foram Acre, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. Há também as áreas indígenas, cujas visitas ocorrem com a intermediação da Fundação Nacional do Índio (Funai).

“Nosso planejamento já previa que teríamos de utilizar um tempo de coleta além do final de fevereiro, devido a possíveis fatores climáticos. Trabalhamos no período de chuvas em boa parte do Brasil e, além destes possíveis complicadores para trabalho em campo, ainda tínhamos as áreas que sabidamente são de maior dificuldade”, disse Florido.

A divulgação dos primeiros resultados do Censo Agro está prevista para julho de 2018 e mostrará o perfil do produtor rural por sexo, idade, cor ou raça, alfabetização e escolaridade, utilização das terras, efetivos da pecuária, produção animal e vegetal, forma de obtenção das terras, práticas agrícolas utilizadas no estabelecimento, entre outros aspectos. (Do IBGE)

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