Criada em 16/07/2021 às 14h56 | Agronegócio

Cafés do Brasil são exportados para 115 países

Vendas ao exterior totalizaram recorde no volume físico de 45,6 milhões de sacas de café de 60kg com receita cambial de US$ 5,84 bilhões no ano-safra 2020-2021.

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Especificamente no primeiro semestre do corrente ano, as exportações dos Cafés do Brasil também bateram um recorde no volume comercializado, com 20,86 milhões de sacas de 60kg. (Foto: Divulgação)

Os Cafés do Brasil foram exportados para 115 países no ano-safra 2020-2021, o qual compreende o período de julho de 2020 a junho de 2021, e totalizaram recorde no volume físico de 45,6 milhões de sacas de café de 60kg, com arrecadação em termos de receita cambial no montante de US$ 5,84 bilhões, cujo preço médio da saca foi de US$ 128,12. O volume físico representou um acréscimo de 13,3%, assim como a receita cambial também teve crescimento de 13,4%, ambos em relação ao ano-safra anterior.

Especificamente no primeiro semestre do corrente ano, as exportações dos Cafés do Brasil também bateram um recorde no volume comercializado, com 20,86 milhões de sacas de 60kg, e um total arrecadado de US$ 2,79 bilhões, a título de receita cambial. Tais performances representam acréscimos de 4,5% e de 7%, respectivamente, em relação ao volume físico e à receita obtida, caso comparadas com o mesmo período anterior.

Apenas no mês de junho deste ano em curso, as exportações atingiram o total de 3,01 milhões de sacas e receita de US$ 423,20 milhões, com preço médio da saca a US$ 140,48. Tal valor unitário, se comparado com o preço médio da saca exportada no mês de junho de 2020, que foi de US$ 117,59, representa um aumento expressivo de 19,5%. Entretanto, o volume físico exportado, nesta mesma base comparativa dos meses de junho, revela uma queda de 2,1%.

Vale destacar que esta análise da performance das exportações dos Cafés do Brasil foram realizadas com base nos dados e estatísticas constantes do Relatório mensal junho 2021, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil - Cecafé, o qual também está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. 

Conforme ainda o Relatório do Cecafé, do volume físico total exportado no ano-safra 2020-2021, ora em destaque, que foram as 45,59 milhões de sacas de 60kg já citadas, 36,91 milhões de sacas foram da espécie de café arábica (81%); 4,71 milhões de sacas de café canéfora (robusta e conilon) – (10,3%); o equivalente a 3,93 milhões de café solúvel (8,6%);  e, por fim, o corresponde a 30,70 mil sacas de café torrado e moído (menos que 0,1%).

Neste mesmo contexto, as exportações dos cafés diferenciados, os quais são assim considerados pelo Cecafe porque têm qualidade superior ou possuem certificações de práticas sustentáveis, corresponderam a 17,3% das exportações totais dos Cafés do Brasil,  nesta safra 2020-2021, com a venda de 7,88 milhões de sacas de 60kg aos importadores, o que apresentou um crescimento de 16,4% no volume físico, se comparadas com as 6,77 milhões de sacas registradas na safra anterior, e receita cambial de US$ 1,31 bilhão.

Outro ponto que também mereceu destaque neste Relatório mensal – junho 2021, do Cecafé, foi “(...) a inserção de dois países produtores entre os 10 principais mercados compradores do produto nacional na safra 2020/21. A Colômbia (...) elevando suas importações em 150% – para 1,137 milhão de sacas – na comparação com o ciclo anterior e passando a representar 2,5% das exportações totais do Brasil. O México (...) com a aquisição de 965 mil sacas, ou 2,1% do total”. De acordo ainda com o Relatório, “(...) esses mercados produtores e exportadores podem ser considerados “novos paradigmas” para os Cafés do Brasil. Eles importam para o consumo interno e para industrializar e comercializar com outros países, como no exemplo dos mexicanos, que vendem muito para os EUA.

O México virou uma potência industrial do solúvel e tem demandado cada vez mais grãos brasileiros para isso. (...) No acumulado da temporada 2020/21, as exportações de café verde do Brasil para outros países produtores totalizaram 2,697 milhões de sacas, o que implicou incremento de 47,2% em relação às 1,833 milhão de sacas embarcadas na safra antecedente”. (Da Embrapa)

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