Criada em 28/09/2017 às 08h34 | Agronegócio

Retomada das exportações de carne brasileira para os EUA deve ocorrer já em outubro, acredita Ministério da Agricultura

A expectativa é de que essa retomada beneficie em breve a cadeia produtiva tocantinense, que ficou prejudicada com a suspensão anunciada em junho pelos EUA.

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De acordo com o ministro da Agricultura Blairo Maggi, a carne processada está liberada. Agora, a expectativa é de que em breve, aconteça a liberação da carne in natura. (Foto: Agência Brasil)

Ivan Richard Esposito e Da Redação
De Brasília (DF) e Palmas (TO)

As exportações brasileiras de carne bovina in natura para os Estados Unidos, suspensas desde de junho, devem ser retomadas em outubro. A expectativa é de técnicos do Ministério da Agricultura, que acompanharam inspeções feitas nos últimos dias por delegação norte-americana, em vários frigoríficos do país.

Na última segunda-feira (25), os Estados Unidos liberaram a retomada das exportações de carne termoprocessada de cinco frigoríficos que haviam sido embargados devido a problemas como o rompimento de embalagens.

As três unidades do frigorífico Marfrig, localizadas em São Gabriel (RS), Promissão (SP) e Paranatinga (MS); uma da JBS, localizada em Campo Grande (MS); e uma da Minerva, em Palmeiras de Goiás (GO), principais exportadores para os EUA, tiveram as exportações suspensas para evitar eventual embargo total da exportação.

De acordo com o Ministério da Agricultura, os produtos processados termicamente representam a maior parte da exportação de carne brasileira para os norte-americanos. O Brasil possui 18 frigoríficos fornecedores da matéria prima.

“Segunda-feira mesmo, recebemos a informação de que a carne processada está liberada. Esperamos que, muito em breve, a gente consiga também liberar a carne in natura”, disse o ministro da Agricultura Blairo Maggi, em evento do setor em São Paulo.

Segundo o Ministério da Agricultura, o fim do embargo de cortes in natura deverá ocorrer depois que os americanos avaliarem documento enviado pelas autoridades brasileiras, em resposta a questionamentos feitos pela missão veterinária que esteve no Brasil no primeiro semestre deste ano.

SUSPENSÃO

Em junho deste ano, quando os EUA suspenderam a compra de carne bovina in natura do Brasil, o Norte Agropecuário apurou que tal medida atingiria diretamente dois frigoríficos do Estado do Tocantins: Minerva, em Araguaína (na região norte do Estado); e Cooperfrigu, com sede em Gurupi (sul tocantinense).

Essas plantas frigoríficas são as únicas do Tocantins habilitadas para vender para os Estados Unidos após acordo fechado entre os governos brasileiro e norte-americano em 2016. O Tocantins tem nove frigoríficos com inspeção federal. Juntos, em 2016, abatiam 3.200 animais por dia e geravam 5 mil empregos diretos e 20 mil indiretos.

Nenhuma das unidades havia vendido ainda carne in natura para os Estados Unidos. Porém, uma delas, a de Gurupi, já possuía um pedido para exportar. A expectativa é de que com a retomada das exportações para os EUA, a cadeia produtiva tocantinense também se beneficiem. (Com informações Agência Brasil)

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