Criada em 11/04/2023 às 09h06 | Grãos

Mesmo com colheita mais tardia, Tocantins exportou mais de R$ 2 bilhões no primeiro trimestre

O valor é o segundo maior da história para o período, perdendo apenas para o ano passado, que foi atípico por causa da colheita antecipada da soja, principal ativo agropecuário do Estado. Queda em relação a 2023 fica em 17%.

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Mesmo com colheita mais tardia, Tocantins exportou mais de R$ 2 bilhões no primeiro trimestre. (Foto: Divulgação)

Daniel Machado
De Brasília (DF)

Apesar de uma redução de 17% nos valores das vendas externas na comparação com o mesmo período do ano passado, as exportações do Tocantins no primeiro trimestre de 2023 têm excelentes números e alcançaram US$ 415,9 milhões (R$ 2,1 bilhões). O valor é o segundo maior da história para o período, perdendo apenas para o ano passado, que foi atípico por causa da colheita antecipada da soja, principal ativo agropecuário do Estado.

Os dados foram apurados e analisados pelo Norte Agropecuário no Comex Stat, sistema oficial do governo federal com informações sobre as transações comerciais internacionais. Em 2022, a safra de soja pode ir antes para os armazéns, propiciando exportações mais aceleradas já no início do ano.

Agora, a colheita ocorreu mais perto do que acontece historicamente. Assim, de janeiro a março o Estado comercializou para o exterior 341 mil toneladas da oleaginosa por US$ 193,6 milhões, contra 641 mil toneladas vendidas por US$ 327.6 milhões nos primeiros três meses do ano passado. Contudo, como a safra 2023 também foi muito boa, há expectativa dos números crescerem cada vez mais ao longo do ano.

Além disso, a tonelada de soja, neste primeiro trimestre, foi exportada pelo preço médio de US$ 566, valor 11% maior do que o registrado de janeiro a março de 2022.

Carne e milho seguem sendo grandes destaques

Também em valores e volume inferiores a 2022, a carne bovina segue com papel importante das commodities tocantinenses, com 19,8 mil toneladas exportadas por US$ 91,2 milhões, segundo maior montante da história para o período em vendas para o exterior de proteína. No ano passado, o montante era 18% maior, enquanto o volume ficou 3% superior.

Além de uma queda de 15,6% no preço médio do quilo de carne vendido ao exterior - US$ 4,58 agora contra US$ 5,43 do primeiro trimestre de 2022 -, os números de 2023 são afetados pelo embargo da carne brasileira feita pelos chineses durante um mês inteiro. A China é disparada a principal parceira comercial do Tocantins, sendo a maior compradora de soja e carne bovina.

Por sua vez, as exportações de milho, terceiro maior ativo agropecuário tocantinense, alcançaram resultados sem qualquer precedente para um trimestre inicial, com 298,7 mil toneladas exportadas por US$ 89,9 milhões. A quantidade é quase dez vezes maior que o registrado de janeiro a março de 2022, enquanto em dinheiro o crescimento ficou em quase 1.300%.

China na liderança com muita folga

Em relação a países, não há novidades. A China, com 53% (US$ 220,8 milhões) é a líder no ranking de países compradores do Tocantins. Na segunda colocação, vem a Espanha, com 9% (US$ 35,9 milhões). Os espanhóis são os maiores clientes do milho tocantinense. Na terceira colocação, está a Arábia Saudita, com 6% (US$ 24,15 milhões).

Principais números

Exportações totais do primeiro trimestre em dinheiro

2023 – US$ 415.956.036
2022 – US$ 501.713.387
Soja
2023 – US$ 193.634.042
2022 – US$ 327.604.941
Carne bovina
2023 – US$ 91.206.998
2022 – US$ 111.812.338
Milho
2023 - US$ 86.932.808
2022 – US$ 6.256.856

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