Criada em 25/07/2018 às 09h05 | Agronegócio

Baixa conectividade no campo impede a revolução tecnológica das máquinas agrícolas no Brasil, aponta executivo da Abimaq

"Hoje temos máquinas com 12 computadores, com 300 mil linhas de programação e que oferecem mais de 300 informações em segundos. São grandes computadores e também pulverizadores. Uma tecnologia revolucionária desde que tenha uma boa conexão com a internet”, disse Pedro Estevão Bastos.

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Para Pedro Estevão Bastos, conectividade não é suficiente e não acompanha o que acontece no campo. Startups trabalham em novos recursos que funcionam da porteira para dentro. Já a da porteira para fora depende de políticas públicas

O uso de máquinas agrícolas autônomas é a próxima revolução tecnológica da indústria, que vem investindo em equipamentos com inteligência artificial, com dados de georreferenciamento na operação agrícola, interação entre domínios biológicos e físicos e ajustes online instantâneos. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), João Carlos Marchesan, máquinas agrícolas que dispensam a presença de um operador são uma realidade e estão sendo testadas em lavouras brasileiras.

Porém a nova tecnologia esbarra em mais um problema de infraestrutura do Brasil. A falta ou a precária conectividade nas áreas rurais impede o uso desta tecnologia e até de explorar todo potencial dos equipamentos já disponíveis no país. “Hoje temos máquinas com 12 computadores, com 300 mil linhas de programação e que oferecem mais de 300 informações em segundos. São grandes computadores e também pulverizadores. Uma tecnologia revolucionária desde que tenha uma boa conexão com a internet”, disse Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da ABIMAQ, durante o Global Agribusiness Forum que terminou nessa terça-feira, dia 24, em São Paulo (SP).

Estevão diz que a conectividade no Brasil não é suficiente e não acompanha a revolução tecnológica que acontece no campo. Startups, segundo ele, estão trabalhando em novos recursos por meio de rádio que funcionam da porteira para dentro. Já a conectividade da porteira para fora depende de políticas públicas.

Outro desafio que impede o avanço desta tecnologia no campo é a mão de obra especializada. Os gestores da ABIMAQ destacaram a importância de investimentos na formação de operadores com conhecimento em mecatrônica e tecnologia da informação, além de Big Data para aproveitar os dados oferecidos por essas novas máquinas e transformá-los em conhecimento e decisões no campo. (Do Global Agribusiness Forum)

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