Criada em 10/05/2018 às 18h04 | Equinos

Adapec aborda doença mormo na Agrotins

O palestrante e responsável pelo Programa Estadual de Sanidade dos Equídeos, Raydleno Mateus Tavares, falou dos riscos da enfermidade para o plantel equídeo (asininos, equinos e muares). A doença chegou a assustar produtores no início do ano, mas em abril, todos os focos foram extintos.

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Tavares abordou sobre as principais fontes de infecção e transmissão, sintomas e também as ações previstas na legislação, a exemplo do sacrifício de animal positivo. (Foto Victor Guimarães)

Dinalva Martins
DE PALMAS (TO)

O Tocantins concluiu a extinção de todos os focos de mormo, doença infectocontagiosa, em abril deste ano, em todas as propriedades focos. Para falar das ações e dos riscos da enfermidade para o plantel equídeo (asininos, equinos e muares), a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) promoveu palestra na tarde desta quinta-feira, 10, no auditório Bem-te-vi, na Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins 2018), com a participação de acadêmicos dos cursos de Agronomia e Agronegócio.

O palestrante e responsável pelo Programa Estadual de Sanidade dos Equídeos (PESE), Raydleno Mateus Tavares, abordou sobre as principais fontes de infecção e transmissão, sintomas e também as ações previstas na legislação, a exemplo do sacrifício de animal positivo, uma vez que a doença não tem tratamento em animais. “Mormo é um assunto sério, e mesmo com o controle da doença, não podemos nos descuidar de zelar pela saúde dos animais, pois pode ser transmitida ao homem”, ressalta.

O estudante de agronegócio do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), Lucas Coelho, diz que acompanhou pela mídia o trabalho que estava sendo feito para conter a doença no Estado. “Vários municípios ficaram sem poder promover cavalgadas, mas a gente tinha consciência de que era preciso ter cuidado redobrado até que tudo voltasse ao normal”, observou. A acadêmica do curso de Agronomia da Unitins complementou: “vendo o alto risco de contaminação de animais infectados para os sadios, a atenção deve ser redobrada”.

Entenda

O primeiro foco de mormo foi registrado em junho de 2015. A partir disso, a Adapec tomou todas as medidas de defesa sanitárias necessárias para sanear os focos, investigar os vínculos epidemiológicos, dentre outras medidas, todas com o objetivo de controlar e impedir a disseminação da enfermidade.

Ao todo foram saneadas 19 propriedades focos e feitas investigações epidemiológica em mais 104 propriedades, resultando em 2.365 exames em animais. Os municípios envolvidos foram: Formoso do Araguaia, Sandolândia, Cariri, Palmas e Palmeirante.

Para retomar o status de zona livre do mormo, o Tocantins precisa estar três anos sem notificação de focos da doença, além de passar pelos processos normativos do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O Mormo

O Mormo é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Burkholderia mallei que acomete principalmente os equídeos (asininos, equinos e muares). Nos equídeos, os principais sintomas são nódulos nas narinas, nos pulmões e nos gânglios linfáticos, corrimento purulento, pneumonia, febre e emagrecimento. Existe ainda a forma assintomática na qual os animais não apresentam sintomas, mas possuem a enfermidade, sendo uma importante fonte de infecção para animais sadios e humanos. Não existe vacina e nem tratamento, o único método preconizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é o sacrifício sanitário dos animais positivos, conforme Instrução Normativa MAPA Nº 06, de 16 de janeiro de 2018. (Da Adapec)

 

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