Criada em 31/05/2023 às 08h51 | Agronegócio

Referência nacional em execução, Governo do Estado promove encontro para prestação de contas do Plano ABC Tocantins

Estado conta com extensionistas capacitados com excelência nas linhas de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta; bovinocultura de corte e de leite, além de irrigação com tecnologias de bases sustentáveis.

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Governo promove encontro para prestação de contas do Plano ABC Tocantins. (Foto: Delfino Miranda/Governo do Tocantins)

Edvânia Peregrini
De Palmas (TO)

O Governo do Tocantins, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), reúne nesta terça-feira, 30, técnicos e parceiros para a prestação de contas dos resultados alcançados na execução do Convênio ABC TO, que consiste em um acordo firmado com Ministério da Agricultura (Mapa) no Plano Estadual de Mitigação e de adaptação às mudanças climáticas para a consolidação de uma economia de baixa emissão de Carbono na Agricultura. O Encontro Técnico ABC ocorre no auditório do Sebrae, em Palmas, e conta com a presença de extensionistas de todo o Estado, que atuaram ao longo dos dez anos de execução.

No convênio firmado com o Mapa e pela disponibilidade de recurso, o Estado viabilizou capacitações continuadas de técnicos extensionistas por meio de módulos periódico, buscando sempre trazer pesquisadores e outros profissionais especialistas de renome para qualificar os profissionais que atuam diretamente com o produtor rural, totalizando 21 módulos de capacitação continuada.

“Hoje, o estado do Tocantins conta com extensionistas rurais capacitados com excelência nas linhas de ILPF [Integração Lavoura, Pecuária e Floresta], bovinocultura de corte e bovinocultura de leite, além de irrigação com tecnologias de bases sustentáveis, principal objetivo do Plano Abc. Inclusive nos anos de 2019, 21 e 22, tivemos extensionistas do Ruraltins certificados nessas safras pela Embrapa em reconhecimento ao excelente serviço prestado às propriedades rurais que, por ventura, conseguiram se tornar Unidades de Referência Tecnológica”, relatou a engenheira florestal e responsável pelas capacitações, Marla Guedes.

Ainda na prestação de contas apresentada, Marla Guedes destacou os eventos realizados, tais como: intercâmbios; a participação de eventos técnicos; Dias de campo, estes com o objetivo de apresentar as Unidade de Referência Tecnológica (URTs), para outros produtores e sociedade geral pelos bons resultados alcançados em termos de gestão da propriedade além de aumento de produtividade; as visitas de acompanhamento realizadas mensalmente pelos extensionistas às URTs, e também, ao longo desses anos, mais de 2.100 visitas de campo realizadas.

Presente na abertura do evento, o gestor Washington Ayres parabenizou o empenho dos servidores em executar com excelência o Plano ABC, o que fez com que o Estado do Tocantins se tornasse referência na execução do programa, em âmbito nacional. “Sabemos que o Estado do Tocantins ainda tem muito a alcançar em termos de implantação de tecnologias com base em agricultura de baixa emissão de carbono, mas é certo que o Governo do Tocantins, por meio do Ruraltins, da Seagro, do Meio Ambiente e da Embrapa, e demais parceiros estão engajados nessa missão, com a responsabilidade de melhorar e contribuir com a redução desses gases, além da eficiência no uso de recursos naturais”, destacou.

Na programação do encontro, além da apresentação dos resultados, os técnicos tiveram, pela manhã, palestras sobre Programa REDD+ Juridicional do Tocantins – Uma Oportunidade de Desenvolvimento Sustentável, com a superintendente de Políticas Públicas Ambientais da Semarh, Marli Santos; e Mercado Voluntário de Carbono e as oportunidades do REDD+ jurisdicional, com a representante da Organização Não Governamental Earth Innovation, Monica de Los Rios.

“A gente está trabalhando em REDD Jurisdicional, baseada em políticas e ações governamentais para poder reduzir as emissões, o desmatamento e a degradação florestal. Então, neste momento, são muito importantes todas as ações, seja da Secretaria de Estado da Agricultura, a frente com os produtores para incorporar tecnologias que possibilitem a redução [de carbono] na agricultura; seja na assistência técnica do Ruraltins com os produtores para poder incorporar essas tecnologias nos sistemas produtivos. Tudo isso vai contribuir para que o Estado demonstre que há uma política, uma ação para reduzir as emissões nos seus sistemas produtivos, na sua economia e no seu estilo de desenvolvimento”, ressaltou Mônica.

A superintendente Marli Santos também destacou que o Plano ABC e as suas ações vêm ao encontro do Programa REDD+ e da estratégia Tocantins Competitivo Sustentável. “O REDD + vai nos permitir transacionar crédito de carbono e trazer recursos financeiros para ações, não só na conservação da vegetação nativa em pé, mas também nas ações de desenvolvimento de baixas emissões, como é o programa ABC, com implantação de SAFs [Sistemas Agroflorestais], de integração Lavoura, Pecuária Floresta, e também todo trabalho da extensão rural. E nós estamos na fase de mostrar como que a gente vai implantar a Estratégia Tocantins Competitivo Sustentável, uma estratégia de quatro eixos. São eles: o fortalecimento da economia por meio de cinco cadeias produtivas; o social que é fortalecimento das organizações sociais como povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares; o eixo ambiental, que tem toda a aplicabilidade do código florestal na propriedade rural; o eixo de infraestrutura, voltado para o desenvolvimento competitivo e sustentável do Estado”, explicou.
O Plano ABC conta com a integração de pastas do Governo. No evento, a Seagro foi representada pelo gerente de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, Marcelo Marcelino; com a participação do chefe de divisão agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Tocantins, Humberto Simão, e de representantes da Embrapa, grande parceira para o alcance das metas firmadas no plano ABC do Tocantins.

Plano ABC

O Plano ABC (Agropecuária de Baixa Emissão de Carbono) tem como objetivo principal de promover a redução das emissões de GEE na agricultura, conforme preconizado na Política Nacional sobre Mudanças do Clima (PNMC), melhorando a eficiência no uso de recursos naturais, aumentando a resiliência de sistemas produtivos e de comunidades rurais, além de possibilitar a adaptação do setor agropecuário às mudanças climáticas. O setor agropecuário tem importância fundamental para contribuir com a redução de emissões de gases.

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