Levantamento do projeto Prodes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE, que realiza o monitoramento por satélites do desmatamento por corte raso na Amazônia Legal mostra que houve uma queda de 49%, na última década, no índice de áreas desmatadas no Estado do Tocantins. Os dados nesta modalidade das taxas de desmatamento na região estão sendo reunidos e divulgados pelo projeto desde 1988.
“O produtor rural do Tocantins está de parabéns porque estamos produzindo mais e melhor, com produtividades cada vez maiores, sem a necessidade de ficar abrindo novas áreas todo ano”, destacou Paulo Carneiro, presidente do sistema FAET/SENAR. Segundo ele, isso se deve ao investimento em tecnologia. Uma prova disso, destacou o presidente, é a procura por qualificação, por meio da assistência técnica e gerencial e pelos cursos de formação profissional rural e promoção social do Senar, que tem crescido mesmo em tempos de pandemia.
MAIS PRODUÇÃO
Entre os anos de 2010 a 2020, a taxa de desmatamento no estado caiu de 49km² para 25km². Comparando com os resultados obtidos pelos produtores rurais do Tocantins tanto na pecuária como na agricultura, a queda no desmatamento se torna ainda mais relevante. É que neste mesmo período a produção de grãos em geral subiu de 2.210 mil/toneladas para 5.583 mil/toneladas, enquanto que a área plantada saiu de 600 mil para 1,6 milhão de hectares, um crescimento de mais de 120%.
Segundo a Conab, outro exemplo é o aumento da área plantada com soja no estado, que entre 2010 e 2020 subiu 196%, passando de 364,3 mil hectares para cerca de 1 milhão de hectares, com a produtividade média avançando de 49 sacas/ha para 55 sacas/há em uma década. Na pecuária, também ocorreu um salto onde o rebanho bovino foi de 7,9 para 8,5 milhões de cabeças de gado.
A diminuição do desmatamento é resultado do emprego de diversas políticas e tecnologias que favorecem as atividades agropecuárias no estado e permitem que seu desenvolvimento seja feito de uma forma ambiental e economicamente sustentável. Isso confere ao Tocantins uma posição de destaque entre os oito demais estados que compõem a Amazônia Legal. Juntamente com o Amapá, é um dos que menos desmatou nos últimos anos.
“Nossos produtores estão conscientes de suas responsabilidades ambientais, por isso a busca é por tecnologias que aumentem a produção sem que isso afete o meio ambiente”, destacou Paulo Carneiro. (Da assessoria de comunicação da Faet)
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